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27/06/2012

A CURA PELO AMOR

 

Amados amigos

Iniciemos nossa cura definitiva, a cura em profundidade que propomos nestas humildes linhas, por meio do Perdão, do esquecimento das ofensas pregado pelo esculápio da alma, Jesus de Nazaré!

Busquemos por intermédio da compreensão do processo evolutivo que nos leva através de erros e acertos, da molécula mais simples até o majestoso Arcanjo Sideral, conquistarmos a serenidade perante as falhas de nossos companheiros de estrada cósmica. É justamente a falta de compreensão sobre os equívocos que cometemos em nossa fase de aprendizado rumo à luz, que ainda traz para nosso espírito talvez umas das piores doenças que atingem a alma humana, que são a mágoa, o ódio e o conseqüente desejo de vingança.

São esses, alguns dos sentimentos contrários à Lei Maior, que é o Amor, que carreiam doenças terríveis ao espírito e ao corpo físico, como começa a compreender a humanidade, diante do avanço dos diagnósticos mais profundos, com o aperfeiçoamento das ciências psíquicas, como a psicanálise e a psicologia, particularmente, a transpessoal, que ganham terreno neste limiar de milênio, além das revelações trazidas a lume pela Doutrina Espírita no que concerne à existência de nossos corpos sutis, onde se encontra o cerne dos males físicos e psíquicos que carregam os seres humanos da Terra.

O ser humano desta era luminosa precisa urgentemente entender que, quando guarda mágoa de alguém, quando fomenta interiormente o ódio, e, principalmente, quando, de mil maneiras acaba por exteriorizar a energia gerada por tais sentimentos e emoções em forma de vingança, o maior prejudicado não é o alvo de sua incompreensão, mas sim o próprio gerador e multiplicador destes fluidos negativos, ou seja, aquele que se magoa, que odeia e que se vinga.

Quando o Nazareno afirmou que felizes seriam os brandos e pacíficos, bem como os misericordiosos, aviou uma receita importantíssima para as criaturas deste mundo em ascensão. Recomendando a postura de pacificação e perdão das ofensas, sabia o Mestre que estava ofertando aos homens um potente remédio que atuaria nas causas, muito mais que nos efeitos, servindo como profilaxia para uma infinidade de doenças, que os acometem, tanto no físico, como distúrbios neurológicos, gástricos, circulatórios, etc., como também, saneando seus campos áuricos com vistas a impedir uma das maiores doenças psíquicas que assolam a humanidade, a obsessão.

Com efeito, queridos irmãozinhos, quando a criatura, ser de luz que é, dono e administrador de seu campo energético, se desequilibra nos momentos de cólera, incompreensão e intolerância, transforma o fluido cósmico universal, energia primeira e neutra, em uma energia maligna que acaba aderindo à sua constituição perispíritica, transformando sua aura em um campo de energias desequilibrante e negativo que prejudica sua saúde e influi de forma sutil e imperceptível em todos aqueles que o cercam, encarnados e desencarnados, propiciando inclusive condições para instalarem-se os danosos processos obsessivos, devido à lei de afinidade e sintonia, vigente no Cosmo.

Ocorre que, se após este primeiro momento, a criatura se arrepende, ou mesmo busca outros patamares energéticos, por meio de uma conduta equilibrada e amorosa, tais energias vão sendo substituídas por energias positivas, diríamos assim, pois como explicou Allan Kardec na obra "A Gênese", "a molécula sã substitui a molécula malsã", ocorrendo a recuperação dos tecidos perispirituais lesados e, ou contaminados pelo acesso de ira e a conseqüente energia malévola gerada pela criatura em um momento de desequilíbrio.

Porém, no caso da mágoa, do ódio e do desejo de vingança, esse processo energético torna-se muito mais complexo e as conseqüências acabam centuplicando sua negatividade pois, ao contrário da explosão passageira, que, diga-se de passagem, também é muito prejudicial, a criatura acaba, com a manutenção do sentimento oposto ao Amor, potencializando a ação destas energias inicialmente geradas no momento da contrariedade, alimentando-as constantemente em todos os momentos em que se recorda consciente e inconscientemente do fato causador do problema.

Paralelamente, tais substâncias astrais inferiores vão penetrando de forma persistente em seus corpos sutis, deteriorando a tal ponto as células perispirituais que o processo de cura tende a ser bem mais demorado e dificultoso, exigindo muitas vezes um longo período de depuração nos charcos astralinos, onde os caldos ácidos lá existentes servem como substâncias assépticas, livrando demorada e sofridamente o espírito dos fluidos deletérios que alimentou e potencializou pela falta de perdão.

Doutras vezes, quando tais sentimentos são alimentados durante um período muito longo e com uma intensidade muito grande, somente as doenças ocorridas em uma encarnação e o estágio nos citados charcos não é suficiente para drenar a carga tóxica aderida ao períspirito da entidade que não perdoou. E aí acaba ocorrendo a necessidade de que o espírito sofra em novas reencarnações o processo de drenagem por meio de doenças físicas e psíquicas, visando livrá-lo das toxinas psíquicas que carreou imprudentemente por descaso, ou até desconhecimento dos princípios profiláticos contidos no Evangelho e nos demais códigos trazidos aos homens durante s eras passadas por muitos médicos do espírito que estagiaram entre nós.

Assim, queridos companheiros, iniciemos desde já nosso processo de autocura por meio do Amor, perdoando nossos inimigos, esquecendo de verdade nossas mágoas e, assim, já estaremos nos precavendo e evitando muitas moléstias que nos acometem neste nossa jornada em busca da luz.

"Bem aventurados os misericordiosos porque obterão misericórdia!"

Muita Paz! Muita Luz!!!

BezerraDEMenezes             http://bezerrademenezesmedicodospobres.blogspot.de/

18/06/2012

CHICO XAVIER / MADRE TEREZA DE CALCUTÁ

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O VERÃO

Como você responderia, leitor amigo, se eu lhe perguntasse, em relação às estações do ano: qual a sua preferida?

Talvez escolhesse a primavera, flores desabrochando, ar perfumado, manhãs luminosas...

Talvez o outono, brisa fresca, tapete de folhas pelo chão, revoadas de pássaros…

Talvez o inverno, tempo de dormir bem, chocolate, pipocas, chá fumegante no aconchego do lar...

Dificilmente, em nosso país tropical, alguém escolheria o verão, que serve muito bem ao povo que vai à praia, mas é terrível nas atividades diárias, calor sufocante, ar parado, transpiração, odores indesejados…

Fizeram essa mesma pergunta a Chico Xavier:

– Qual a sua estação preferida?

Resposta de pronto:

– O verão.

– Por quê?

– O pobre sofre menos.

Nas pequenas coisas identificamos o Espírito superior, sempre cogitando do bem-estar do próximo.

***

A Doutrina Espírita explica que estamos na Terra para evoluir.

Sofrimentos, dores, atribulações, dificuldades, lutas, desbastam nossas imperfeições mais grosseiras para que nasça em nós aquele homem novo a que se referia o Apóstolo Paulo (Efésios, 4:22-24):

…que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade.

Pois bem, leitor amigo, reflita:

Qual seria a primeira providência nesse particular?

A meu ver, seria mudar de pessoa na conjugação do verbo de nossas ações.

Usamos, quase invariavelmente, a primeira pessoa do singular, eu, sob inspiração do egoísmo.

O comprometimento com o vício, o crime, a irresponsabilidade, a desonestidade e todos os males da vida social, decorre dessa conjugação centrada no eu.

O Bem começa quando nos dispomos a usar a terceira pessoa do plural – eles, sob inspiração do altruísmo.

Se todos cogitássemos não do eu, mas do eles, acabaríamos com guerras, brigas, crimes, miséria e todos os males do Mundo, que se sustentam, invariavelmente, na primeira pessoa do singular.

Se você analisar a vida dos grandes vultos da Humanidade, aqueles que pontificaram no esforço do Bem e da Verdade, perceberá claramente que os distinguia a preocupação com o semelhante, algo que, diga-se de passagem, Jesus ensinou e vivenciou.

Exemplo típico encontramos em Madre Teresa de Calcutá (1910-1997), extraordinária servidora do Cristo.

Suas colocações sobre o amor ao semelhante, que se manifesta no empenho de servir, são notáveis:

Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.

O senhor não daria banho a um leproso nem por um milhão de dólares? Eu também não. Só por amor se pode dar banho a um leproso.
O que eu faço é uma gota no meio de um oceano. Mas sem ela o oceano será menor.
Quando descanso? Descanso no amor.
A todos os que sofrem e estão sós, dai sempre um sorriso de alegria. Não lhes proporcioneis apenas os vossos cuidados, mas também o vosso coração.
Às portas do paraíso, São Pedro me disse: – Volte à Terra, Teresa, aqui não há favelas.

***

Por que nos sentimos tensos, nervosos, irritados, desanimados, infelizes?

É que a primeira pessoa do singular pesa demais sobre nossos ombros.

O eles é leve, diáfano, voejante, principalmente quando conjugado com afeto.

É o que garante o vigor de missionários aparentemente frágeis como Madre Teresa de Calcutá e Chico Xavier, sempre ativos e dispostos a servir, porque descansam no amor.

Richard Simonetti /notíciasespiritas.com.br

16/06/2012

OREMOS PELO BRASIL

BR

Recomendamos a leitura da mensagem abaixo ditada pelo espírito Eurípedes Barsanulfo, sobre o momento atual do nosso país e do mundo.
Peço a gentilieza de repassarem a suas redes de relacionamento, e envolvam em suas preces todos os governantes, legisladores e população em geral, auxiliando a melhoria da psicosfera mental neste momento importante.


Irmãos queridos:
Diante dessa crise que se abate sobre o nosso povo, face a essa onda de pessimismo que toma conta dos brasileiros, frente aos embates que o país atravessa, nós, os seus companheiros, trazemos na noite de hoje a nossa mensagem de fé, de coragem e de estímulo. Estamos irradiando-a para todas as reuniões mediúnicas que estão sendo realizadas neste instante, de norte a sul do Brasil. Durante vários dias estaremos repetindo a nossa palavra, a fim de que maior número de médiuns possa captá-la. Cada um destes que sintonizar nesta faixa vibratória dará a sua interpretação, de acordo com o entendimento e a gradação que lhe forem peculiares.
Estamos convidando todos os espíritas para se engajarem nesta campanha. Há urgente necessidade de que a fé, a esperança e o otimismo renasçam nos corações. A onda de pessimismo, de descrédito e de desalento é tão grande que, mesmo aqueles que estão bem intencionados e aspirando realizar algo de construtivo e útil para o país, em qualquer nível, veem-se tolhidos em seus propósitos, sufocados nos seus anseios, esbarrando em barreiras quase intransponíveis.
É preciso modificar esse clima espiritual. É imperioso que o sopro renovador de confiança, de fé nos altos destinos de nossa nação, varra para longe os miasmas do desalento e do desânimo. É necessário abrir clareiras e espaços para que brilhe a luz da esperança. Somente através de esperança conseguiremos, de novo, arregimentar as forças de nosso povo sofrido e cansado.
Os espíritas não devem engrossar as fileiras do desalento. Temos o dever inadiável de transmitir coragem, infundir ânimo, reaquecer esperanças e despertar a fé! Ah! a fé no nosso futuro! A certeza de que estamos destinados a uma nobre missão no concerto dos povos, mas que a nossa vacilação, a nossa incúria podem retardar. Responsabilidade nossa. Tarefa nossa. Estamos cientes de tudo isto e nos deixamos levar pelo desânimo, este vírus de perigo inimaginável.
O desânimo e seus companheiros, o desalento, a descrença, a incerteza, o pessimismo, andam juntos e contagiam muito sutilmente, enfraquecendo o indivíduo, os grupos, a própria comunidade. São como o cupim a corroer, no silêncio, as estruturas. Não raras vezes, insuflado por mentes em desalinho, por inimigos do progresso, por agentes do caos, esse vírus se expande e se alastra, por contágio, derrotando o ser humano antes da luta. Diante desse quadro de forças negativas, tornam-se muito difíceis quaisquer reações. Portanto, cabe aos espíritas o dever de lutar pela transformação deste estado geral.
Que cada Centro, cada grupo, cada reunião promova nossa campanha. Que haja uma renovação dessa psicosfera sombria e que as pessoas realmente sofredoras e abatidas pelas provações, encontrem em nossas Casas um clima de paz, de otimismo e de esperança! Que vocês levem a nossa palavra a toda parte. Aqueles que possam fazê-lo, transmitam-na através dos meios de comunicação. Precisamos contagiar o nosso Movimento com estas forças positivas, a fim de ajudarmos efetivamente o nosso país a crescer e a caminhar no rumo do progresso.
São essas forças que impelem o indivíduo ao trabalho, a acreditar em si mesmo, no seu próprio valor e capacidade. São essas forças que o levam a crer e lutar por um futuro melhor. Meus irmãos, o mundo não é uma nau à matroca. Nós sabemos que "Jesus está no leme!" e que não iremos soçobrar. Basta de dúvidas e incertezas que somente retardam o avanço e prejudicam o trabalho. Sejamos solidários, sim, com a dor de nosso próximo. Façamos por ele o que estiver ao nosso alcance. Temos o dever indeclinável de fazê-lo, sobretudo transmitindo o esclarecimento que a Doutrina Espírita proporciona. Mas também, que a solidariedade exista em nossas fileiras, para que prossigamos no trabalho abençoado, unidos e confiantes na preparação do futuro de paz por todos almejado. E não esqueçamos de que, se o Brasil "é o coração do mundo", somente será a "pátria do Evangelho" se este Evangelho estiver sendo sentido e vivido por cada um de nós".

"O dever de todo cristão é orar.  Jesus enquanto viveu aqui na terra entre os homens,nos ensinou a orar!  A oração fortalece a nossa alma, ultrapassa a barreiras densas da psicosfera, trazendo do alto luz, paz harmonia, forças espirituais, consolação, fé e  bondade para os corações endurecidos.  Vamos orar!"

13/06/2012

ANJOS E DEMÔNIOS

 

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1. INTRODUÇÃO

O que se entende por anjo? E por demônio? Há diferença entre a posição católica e a espírita? Nosso objetivo é fazer um estudo comparativo, no sentido de melhor entender as relações entre esses dois temas e os seus correlatos: Satanás, Diabo e Lúcifer.

2. CONCEITO

Anjo – Ser espiritual que exerce o ofício de mensageiro entre Deus e os homens. A palavra anjo desperta geralmente a idéia da perfeição moral; não obstante, é freqüentemente aplicada a todos os seres, bons e maus, que não pertencem à Humanidade.

Demônio – 1. Nas crenças da Antiguidade e no politeísmo, gênio inspirador, bom ou mal, que presidia o caráter e o destino de cada individuo; alma, espírito. 2. Nas religiões judaicas e cristãs, anjo mau que, tendo-se rebelado contra Deus, foi precipitado no Inferno e procura a perdição da humanidade; gênio ou representação do mal; espírito maligno, espírito das trevas, Lúcifer, Satanás, Diabo. 3. Cada um dos anjos caídos ou gênios maléficos do Inferno, sujeitos a Lúcifer ou Satanás. (Dicionário Aurélio)

3. HISTÓRIA DO DEMÔNIO

A história de uma palavra mostra-nos as suas transformações ao longo do tempo. O termo demônio não fugiu à regra. Nas crenças populares gregas da antiguidade, era usada para designar os espíritos dos falecidos, que dispunham de forças sobrenaturais, intervindo de modo extraordinário na natureza e na vida dos homens, e contra os quais os homens deviam se defender através da magia. Os filósofos gregos o elevou à esfera do divino, por isso o daimon socrático. O termo demônio não é citado no AT, onde só aparece, nos últimos livros. Ele existe no Novo Testamento, onde os Evangelistas confundem os demônios com Satã. Quer dizer, o demônio só surge com a influência grega.

Na época do Novo Testamento, as almas dos mortos, assimiladas às das divindades, foram confundidas com as manes, os lares e os gênios latinos. Estas concepções penetram a Palestina. Com a vinda dos romanos, o Demônio grego transforma-se em Diabo, cujo significado passou a ser "espírito da mentira" ou "caluniador".

O Daimon grego passa a ser o Diabolus romano. Na Baixa Idade Média, o Diabolus romano ganha força. Como o Diabolus romano era um "espírito mau", passou a designar o espírito mau hebraico, Satã. Para explicar a sua presença como tentador do mundo, os padres da Igreja recorreram à lenda da revolta do anjo Azazel, dos Livros de Enoque, que eram apócrifos. (Sampaio, 1976)

4. A IGREJA CATÓLICA E A SUA DOGMÁTICA

4.1. HIERARQUIA DOS ANJOS

A fonte da angelologia medieval é o texto do Pseudo-Dionísio, o Areopagita, Sobre a Hierarquia Celeste (séc. V). A hierarquia celeste é constituída por nove ordens de anjos agrupados em disposições ternárias. A primeira é a dos Serafins, dos Querubins e dos Tronos; a segunda é a das Dominações, das Virtudes e das Potestades; a terceira, a dos Principados, dos Arcanjos e dos Anjos. Essa doutrina foi aceita por S. Tomás e adotada por Dante no Paraíso. (Abbagnano, 1970)

4.2. LÚCIFER E SATÃ

Lúcifer - o Príncipe dos Demônios - não é referendado na Bíblia (VT e NT). Apresenta-se como sinônimo de Diabo, Demônio e Satanás. Este nome surgiu na Baixa Idade Média, baseado numa divindade associada ao planeta Vênus. Os teólogos, para criar o termo, recorreram ao Livro de Enoque, considerado apócrifo, do qual restam vestígios na Bíblia, em Gênesis, 6.

"Lúcifer, produto da teologia cristã, foi associado aos "diabos" Satã, ao conceito de "demônio" dos gregos e ao princípio do dualismo Bem e Mal do Zoroatrismo, entre outras tradições".

Satã significa "o adversário", "o acusador". O termo "acusador" existia no Império Persa, cuja função era a de percorrer secretamente o reino e fiscalizar tudo o que estava sendo feito de mal no sentido de apresentar denúncias diante do Imperador, que mandava chamar os funcionários faltosos e os castigava.

Com a evolução da doutrina religiosa judaica, Satã acabou se convertendo, de um acusador dos pecados dos homens, num deus secundário, oposto a Javé.

Satã não é Lúcifer. Ele não é um anjo que se revoltou contra o Senhor. Ele é apenas um acusador., ou seja, um dos olhos do Senhor, que anda pela Terra e comparece perante o Senhor para acusar. (Sampaio, 1976)

4.3. DEMONOLOGIA

Na Idade Média surge a Demonologia, ciência dos demônios, cujo objetivo era fazer um tratado sobre os demônios.

Lúcifer-Satã-Diabo-Demônio, ao cair, levou muitos consigo. 19 anjos principais e uns 200 liderados que teriam “caído”.

A 1.ª medida da demonologia foi o recenseamento do Inferno, no sentido de estabelecer o número de demônios que ali habitavam. Foram contados 7.045.926 demônios.

Havia também movimentos políticos no inferno. Satã, o diabo grosseiro, da luxúria e da gula, dos defeitos capitais dá um golpe de estado, depondo lúcifer do comando. (Sampaio, 1976)

5. ANJOS E DEMÔNIOS NA ÓTICA ESPÍRITA

5.1. ANJOS

P.128 - Os seres que chamamos anjos, arcanjos, serafins, formam uma categoria especial, de natureza diferente da dos outros Espíritos?

- Não; são Espíritos puros: estão no mais alto grau da escala e reúnem em si todas as perfeições.
A palavra anjo desperta geralmente a idéia da perfeição moral; não obstante, é freqüentemente aplicada a todos os seres, bons e maus, que não pertencem à Humanidade. Diz-se: o bom e o mau anjo; o anjo da luz e o anjo das trevas; e nesse caso ele é sinônimo de Espírito ou de gênio. Tomamo-lo aqui na sua boa significação.
P.129 - Os anjos também percorrem todos os graus?

- Percorrem todos. Mas, como já dissemos: uns aceitaram a sua missão sem murmurar e chegaram mais depressa; outros empregaram maior ou menor tempo para chegar à perfeição.

P. 130 – Se a opinião de que há seres criados perfeitos e superiores a todos os outros é errônea, como se explica a sua presença na tradição de quase todos os povos?

- Aprende que o teu mundo não existe de toda a eternidade, e que muito antes de existir há havia Espíritos no grau supremo; homens, por isso, acreditaram que eles sempre haviam sido perfeitos.

5.2. DEMÔNIOS

P.131 - Há demônios, no sentido que se dá a essa palavra?

- Se houvesse demônios, eles seriam obra de Deus. E Deus seria justo e bom, criando seres infelizes, eternamente voltados ao mal?

A palavra demônio não implica a idéia de Espírito mau, a não ser na sua acepção moderna, porque o termo grego daimon, de que ele deriva, significa gênio, inteligência, e se aplicou aos seres incorpóreos, bons ou maus, sem distinção.
Os homens fizeram, com os demônios, o mesmo que com os anjos. Da mesma forma que acreditaram na existência de seres perfeitos, desde toda a eternidade, tomaram também os Espíritos inferiores por seres perpetuamente maus. A palavra demônio deve portanto ser entendida como referente aos Espíritos impuros, que freqüentemente não são melhores do que os designados por esse nome, mas com a diferença de ser o seu estado apenas transitório. São esses os Espíritos imperfeitos que murmuram contra as suas provações e por isso as sofrem por mais tempo, mas chegarão por sua vez à perfeição quando se dispuserem a tanto. (Kardec, 1995)

5.3. HÁ LÓGICA NA DOUTRINA DOS ANJOS DECAÍDOS?

Não. Ora, como pode um Espírito que atingiu uma luz espiritual da perfeição retrogradar e ficar numa posição de inferioridade. O progresso é uma lei natural, compulsória e inexorável, que nos impulsiona sempre para frente. Em A Gênese, Allan Kardec reporta-se ao Paraíso Perdido, em que Espíritos de outros mundos vieram reencarnar na Terra. Cita o caso dos exilados de Capela, orbe semelhante ao da Terra, situado na Constelação de Cocheiro, que estava passando por um período de transformação, semelhante ao que estamos verificando no Planeta Terra. Embora tenham reencarnado num mundo inferior, eles não perderam o progresso adquirido, não regrediram moralmente e intelectualmente, apenas tiveram que fazer as suas experiências num mundo mais hostil, justamente para se equilibrarem no campo moral.

6. O PENSAMENTO E AS INFLUÊNCIAS ESPIRITUAIS

6.1. AS IDÉIAS E O PENSAMENTO

O tema anjos e demônios leva-nos a refletir sobre a nossa condição humana, especificamente na relação que temos com o conhecimento da verdade. Em nosso dia-a-dia produzimos idéias. As idéias formam o nosso pensamento. O pensamento dirige-se à verdade das coisas. A percepção da verdade das coisas está subordinada ao nosso grau de evolução espiritual e intelectual. Por isso, diz-se que somente atingiremos a verdade quando pudermos ter um perfeito relacionamento entre o sujeito e o objeto, ou seja, somente quando o objeto refletir-se fielmente na mente do sujeito. Para que isso se dê, temos que desobstruir a nossa mente dos preconceitos e das diversas idiossincrasias automatizados em nosso subconsciente.

6.2. AS INFLUÊNCIAS ESPIRITUAIS

Os anjos e os demônios simbolizam as influências que recebemos dos Espíritos que nos acompanham. De acordo com a instrução de diversos Espíritos, somos monitorados por uma avalanche deles. Nesse sentido, há os Espíritos bons que nos incentivam ao bem e os maus que induzem ao mal. Aceitar ou não suas sugestões é um trabalho que depende de nossa vontade e de nossa perseverança. É preciso tomar cuidado, porque há sempre um primeiro momento, um primeiro convite, principalmente no que diz respeito à entrada pela porta larga da perdição. Na Revista Espírita de 1862, Voltaire faz uma mea culpa sobre os desvios que permitiu a si mesmo quando esteve encanado no século XVIII, em França. Conta-nos que tinha recebido toda as inspiração necessária para ser um dos divulgadores de idéia de Deus e do Evangelho de Jesus e perdeu-se por sua vaidade, ou seja, por querer ver o seu nome estampado nos anais de ciência e da filosofia terrena.

6.3. DECISÃO DAS TREVAS

Este é o título do capítulo 38 de Contos desta e de outra vida, pelo Espírito Irmão X. Relata-se o diálogo entre o ORGANIZADOR DE OBSESSÕES e os seus sequazes, cujo objetivo era impedir o avanço do Espiritismo, no que tange aos novos horizontes que este abria na mente humana. Eles agem como Cristo na Antiguidade: não há meio de isolá-los na prece inativa; em vez de se ajoelharem, caminham. É indispensável encontrar um meio de esmagá-los, destruí-los...

O obsessor exaltado, o obsessor violento, o malfeitor recruta, o obsessor confusionista, o malfeitor antigo e o obsessor fabricange de dúvidas dão suas sugestões, mas são rechaçadas pelo Líder. Por último, surge o VAMPIRIZADOR EXPERIENTE, que sugere: “Será fácil treinar alguns milhares de companheiros para a hipnose coletiva em larga escala e faremos que os espíritas se acreditem santos de carne e osso... Creio que, desse modo, enquanto estiverem preocupados em preservar a postura e a máscara dos santos, não disporão de tempo algum para os interesses do espírito”.

ORGANIZADOR DE OBSESSÕES – Excelente, excelente! Ponhamos mãos à obra. (Xavier, 1978)

7. CONCLUSÃO

Os anjos e os demônios, como vimos, significam respectivamente os bons e os maus Espíritos. Eles estão sempre ao nosso derredor. Saibamos elevar os nossos pensamentos através da prece e da prática da caridade para que os bons venham ao nosso encontro e os maus sejam rechaçados.            Sérgio Biagi Gregório

8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1970.

FERREIRA, A. B. de H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, [s. d. p.]

KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed. São Paulo: Feesp, 1995.

SAMPAIO, Fernando G. A História do Demônio: da Antiguidade aos nossos Dias. Porto Alegre: Garatuja, 1976.

XAVIER, F. C. Contos Desta e Doutra Vida, pelo Espírito Irmão X. Rio de Janeiro: FEB, 1978.

11/06/2012

CAUSAS ESPIRITUAIS DAS DOENÇAS

 

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Durante muito tempo os portadores de hanseníase – no passado conhecida como lepra – sofreram com o preconceito e a ignorância, quase tão letais quanto à doença que os acometia. Tratados como criminosos, eram vítimas de denúncias anônimas, sendo perseguidos e presos, às vezes a laço, pelas autoridades, que os fichavam no chamado Departamento de Prevenção à Lepra (DPL). Após esse procedimento, eram obrigados a se recolher nos chamados asilos-colônias, afastados das cidades, onde, longe do convívio social, perdiam o contato até com os familiares mais próximos.

Essa dolorosa situação, que parece pertencer a um passado longínquo, é, na verdade, bem recente, sendo registrada no Brasil até a década de 60 como procedimento de praxe da então polícia sanitária.

Hoje, embora encontrada a cura para a hanseníase, sobre seus portadores ainda pesa o estigma do preconceito, fruto da falta de esclarecimento sobre a doença que, apesar de ser infecto-contagiosa, deixa de ser transmissível assim que o paciente inicia o tratamento com a poliquimioterapia (PQT), introduzida nos anos 80. Além disso, pelo que diz a medicina moderna, cerca de 80% da população é geneticamente resistente ao bacilo e nunca vai ser contaminada.

São informações de reportagem da “Revista da Folha”, que publicou, em setembro, matéria assinada por Vinícius Souza e Maria Eugênia Sá, com o título “Da janela para o mundo”, abordando o problema do preconceito que ainda ronda os portadores do bacilo de Hansen.

No livro “Leis de Amor”, psicografado por Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, Emmanuel fala sobre as causas espirituais das doenças, oferecendo mais amplas reflexões sobre o tema: “O erro de uma encarnação passada pode influir na encarnação presente, predispondo o corpo físico às doenças? De que modo? - A grande maioria das doenças tem a sua causa profunda na estrutura semimaterial do corpo espiritual. Havendo o espírito agido erradamente, nesse ou naquele setor da experiência evolutiva, vinca o corpo espiritual com desequilíbrios ou distonias, que o predispõem à instalação de determinadas enfermidades, conforme o órgão atingido.”

“Qual a relação existente entre doenças e Justiça”?

- “No curso das enfermidades, é imperioso venhamos a examinar a Justiça, funcionando com todo o seu poder regenerativo, para sanar os males que acalentamos.”

“Todas as enfermidades conhecidas foram solicitadas pelo espírito do próprio enfermo, antes de renascer”?

- Nem sempre o espírito requisita deliberadamente determinadas enfermidades, de vez que, em muitas circunstâncias quais aquelas que se verificam no suicídio ou na delinqüência, caímos, de imediato, na desagregação ou na insanidade das próprias forças, lesando o corpo espiritual, o que nos constrange a renascer no berço físico exibindo defeitos e moléstias congênitas, em aflitivos quadros expiatórios.”

“A mente invigilante pode instalar doenças no organismo? E o que pode provocar doenças de causas espirituais na vida diária?

- A mente é mais poderosa para instalar doenças e desarmonias do que todas as bactérias e vírus conhecidos. Necessário, pois, considerar igualmente que desequilíbrios e moléstias surgem também da imprudência e do desmazelo, da revolta e da preguiça. Pessoas que se embriagam a ponto de arruinar a saúde; que esquecem a higiene até se tornarem presas de parasitos destruidores; que se encolerizam pelas menores razões, destrambelhando os próprios nervos; ou que passam todas as horas em redes e leitos, poltronas e janelas, sem coragem de vencer a ociosidade e o desânimo pela movimentação do trabalho, prejudicando a função dos órgãos do corpo físico, em razão da própria imobilidade, são criaturas que geram doenças para si mesmas, nas atitudes de hoje mesmo, sem qualquer ligação com causas anteriores de existências passadas.”                                                              Boletimsei.org.com.br

08/06/2012

VOLTAIRE: UMA PRECE EM PROL DA TOLERÂNCIA

François Marie Arouet, mais conhecido como Voltaire, que nasceu em Paris no dia 21 de novembro de 1694 e ali faleceu em 30 de maio de 1778, foi escritor, ensaísta, filósofo e um dos pais do Iluminismo.

Conhecido por sua perspicácia e espirituosidade na defesa das liberdades civis, da liberdade religiosa e do livre comércio, suas obras e ideias influenciaram pensadores importantes na França e na América.

Escritor prolífico, Voltaire produziu cerca de 70 obras em quase todas as formas literárias, tais como peças de teatro, poemas, romances, ensaios, obras científicas e históricas.

Polemista satírico, frequentemente usou seus textos para criticar a Igreja Católica e as instituições francesas de seu tempo, e ficou também conhecido por dirigir duras críticas aos reis absolutistas e aos privilégios do clero e da nobreza.

Por dizer o que pensava, foi preso duas vezes e, para escapar a uma nova prisão, refugiou-se na Inglaterra. Durante os três anos em que permaneceu nesse país, conheceu e passou a admirar as ideias políticas de John Locke.

De Voltaire é esta notável e atual prece em que apela em favor da tolerância entre as pessoas e os povos:

 

PRECE PELA TOLERÂNCIA

"Não é mais aos homens que me dirijo. É à você, Deus de todos os seres, de todos os mundos e de todos os tempos: Que os erros agarrados à nossa natureza não sejam motivo de nossas calamidades.

Você não nos deu coração para nos odiarmos nem mãos para nos enforcarmos. Faça com que nos ajudemos mutuamente a suportar o fardo de uma vida penosa e passageira.

Que as pequenas diferenças entre as vestimentas que cobrem nossos corpos, entre nossos costumes ridículos, entre nossas leis imperfeitas e nossas opiniões insensatas não sejam sinais de ódio e perseguição.

Que aqueles que acendem velas em pleno dia para te celebrar, suportem os que se contentam com a luz do sol.

Que os que cobrem suas roupas com um manto branco para dizer que é preciso te amar, não detestem os que dizem a mesma coisa sob um manto negro.

Que aqueles que dominam uma pequena parte desse mundo, e que possuem algum dinheiro, desfrutem sem orgulho do que chamam poder e riqueza e que os outros não os vejam com inveja, mesmo porque você sabe que não há nessas vaidades nem o que invejar nem do que se orgulhar.

Que eles tenham horror à tirania exercida sobre as almas, como também execrem os que exploram a força do trabalho. Se os flagelos da guerra são inevitáveis, não nos violentemos em nome da paz.

Que possam todos os homens se lembrar que eles são irmãos! "

04/06/2012

A MEDIUNIDADE É FERRAMENTA DE PROGRESSO

 

A mediunidade como toda ciência espírita, deve ser estudada com todo empenho e cuidado, pois, sua finalidade é o crescimento e progresso do ser humano, com vistas ao aprimoramento que precisa realizar no caminho de encontro à felicidade e pureza que são seus objetivos finais como filho da luz que é. Dessa forma todo empenho do médium em aprimorar seus conhecimentos de mediunidade é louvável e merece apoio e incentivo.
A grande maioria dos homens encarnados em nosso planeta é portadora de sérios compromissos com a mediunidade, e por aqui aporta em mais uma oportunidade reencarnatória com vastos cursos, de preparação sobre esse tema, realizados no plano espiritual, onde adquire todos os necessários conhecimentos para a missão que lhe é determinada para seu crescimento e equilíbrio perante as Leis Divinas perfeitas e imutáveis, que nem sempre soube acatar, para a sua perfeita harmonização com a determinação de amar a Deus sobre todas as coisas, e servir a seu irmão como gostaria de ser servido por ele.

Muitas são as obras que nos falam da utilidade para nosso crescimento moral espiritual no exercício da nobre mediunidade, conforme palavras do assistente Áulus a André Luiz, que transcrevemos a seguir.
(…) “Áulus – a mediunidade é problema dos mais sugestivos na atualidade do mundo. Aproxima-se o homem terreno da Era do Espírito. Sob a luz da Religião Cósmica do Amor e da Sabedoria e, decerto, precisa de cooperação, a fim de que se lhe habilite o entendimento (…).
(…) O orientador, de feição nobre e simpática, recebera-nos, a pedido de Clarêncio, para um curso rápido de ciências mediúnicas.
Especializara-se em trabalhos dessa natureza, consagrando-lhes muitos anos de abnegação. Era, por isso, dentre as relações do Ministro, que se nos fizera patrono e condutor, um dos companheiros mais competentes no assunto.
Áulus nos acolhera com afabilidade e doçura.
Relacionando aflitivas questões da Humanidade Terrestre, pousava em nós o olhar firme e lúcido, não apenas com o interesse do irmão mais velho, mas também com a afetividade de um pai enternecido.
Hilário e eu não conseguíamos disfarçar a admiração.

Era um privilégio ouvi-lo discorrer sobre o tema que nos trazia até ali.
Aliavam-se nele substanciosa riqueza cultural e o mais entranhado patrimônio de amor, causando-nos satisfação o vê-lo reportar-se às necessidades humanas, com o carinho de enfermeiro para a alegria de ajudar e salvar.
Interessava-se pelas experimentações mediúnicas, desde 1779, quando conhecera Mesmer, em Paris, no estudo das célebres proposições lançadas a público pelo famoso magnetizador. Reencarnando no início do século passado, apreciara, de perto, as realizações de Allan Kardec, na codificação do Espiritismo, e privara com Cahagnet e Balzac, com Théophile Gautier e Victor Hugo, acabando seus dias na França, depois de vários decênios consagrados à mediunidade e ao magnetismo, nos moldes científicos da Europa. No mundo espiritual prosseguiu no mesmo rumo, observando e trabalhando em seu apostolado educativo. Dedicando-se agora à obra de espiritualização no Brasil, e isto há mais de trinta anos, comentava, otimista, as esperanças do novo campo de ação, dando-nos a conhecer a primorosa bagagem de memória e experiências de que se fazia portador.”

Como bem podemos ver Áulus de há muito se dedicava aos estudos na área da mediunidade, desde os tempos de Kardec, e, continua seu trabalho de aprimoramento até os dias de hoje, o que difere em muito de nossa atual situação de estudiosos da doutrina espírita e particularmente da mediunidade, onde não se percebe o mínimo esforço da grande maioria dos tarefeiros das atividades espirituais de nossas casas espíritas, em aprimorar as possibilidades de intercâmbio espiritual, como médium que dizem ser, no trabalho da mediunidade com Jesus.
Continuemos ouvindo agora ao Instrutor Albério que, a pedido de “Aulus, recebeu André Luiz e Hilário seu amigo para uma palestra sobre mediunidade que realizaria para aprendizes encarnados e desencarnados em vasto recinto do Minist´rio das comunicações de Nosso Lar “(…).
Naturalmente circunscritos nas dimensões conceptuais em que nos encontramos, embora na insignificância de nossa posição comparada à glória dos Espíritos que já atingiram a angelitude, podemos arrojar de nós a energia atuante do próprio pensamento, estabelecendo, em torno de nossa individualidade, o ambiente psíquico que nos é particular (…).

“(…) Nossa mente é, dessarte, um núcleo de forças inteligentes, gerando plasmas sutil que, a exteriorizar-se incessantemente de nós, oferece recursos de objetividade às figuras de nossa imaginação, sob o comando de nossos próprios desígnios.
A idéia de um “ser” organizado por nosso espírito, a que o pensamento dá forma e ao qual a vontade imprime movimento e direção.
Do conjunto de nossas idéias resulta a nossa própria existência (…).
(…) Em mediunidade, portanto, não podemos olvidar o problema da sintonia.

Atraímos os Espíritos que se afinam conosco, tanto quanto somos por eles atraídos; e se é verdade que cada um de nós somente pode dar conforme o que tem, é indiscutível que cada um recebe de acordo com aquilo que dá.
Achando-se a mente na base de todas as manifestações mediúnicas, quaisquer que sejam os característicos em que se expressem, é imprescindível enriquecer o pensamento, incorporando-lhe os tesouros morais e culturais, os únicos que nos possibilitam fixar a luz que jorra para nós, das Esferas Mais Altas, através dos gênios da sabedoria e do amor que supervisionam nossas experiências.
Procederam acertadamente aqueles que compararam nosso mundo mental a um espelho.
Refletimos as imagens que nos cercam e arremessamos na direção dos outros as imagens que criamos (…).
E, em seguida, não deixa de alertar para a necessidade de estudo, e nos explica o porquê é tão importante estudar os fundamentos da mediunidade dizendo:

“Saibamos, assim, cultivar a educação, aprimorando-nos cada dia.
Médiuns somos todos nós, nas linhas de atividade em que nos situamos.
A força psíquica, nesse ou naquele teor de expressão, é peculiar a todos os seres, mas não existe aperfeiçoamento mediúnico sem acrisolamento da individualidade.
É contraproducente intensificar a movimentação da energia sem disciplinar-lhe os impulsos.
É perigoso possuir sem saber usar.
O espelho sepultado na lama não reflete o esplendor do Sol.
O lago agitado não retrata a imagem da estrela que jaz no infinito.
Elevemos nosso padrão de conhecimento pelo estudo bem conduzido e apuremos a qualidade de nossa emoção pelo exercício constante das virtudes superiores, se nos propomos recolher a mensagem das Grandes Almas.
Mediunidade não basta só por si.
É imprescindível saber que tipo de onda mental assimilamos para conhecer da qualidade de nosso trabalho e ajuizar de nossa direção”. 1
Os médiuns disciplinados e responsáveis verdadeiramente interessados em seu aprimoramento moral, dedicados ao estudo e ao trabalho de assistência aos necessitados de toda ordem que nos procuram nas casas espíritas, são conhecidos pelos instrutores espirituais e por isso mesmo são muito amparados e assistidos pelos responsáveis do plano espiritual, por integrarem os quadros de tarefeiros das organizações espirituais, conforme afirma o instrutor Conrado.
- “Integramos um quadro de auxiliares, de acordo com a organização estabelecida pelos mentores da Esfera Superior.
- Quer dizer que, numa casa como esta, há colaboradores espirituais devidamente fichados, assim como ocorre a médicos e enfermeiros num hospital terrestre comum?
- Perfeitamente. Tanto entre os homens como entre nós, que ainda nos achamos longe da perfeição espiritual, o êxito do trabalho reclama experiência, horário, segurança e responsabilidade do servidor fiel aos compromissos assumidos. A Lei não pode menosprezar as linhas da lógica (…).

Precisamos urgentemente atentar para os apontamentos com os quais os instrutores da espiritualidade nos aclaram para o devido aprimoramento de nossas possibilidades de servir na Seara do Mestre de Nazaré, e apresentarmo-nos da forma mais adequada possível, isto é, alicerçados nos fundamentos da moral e da ética, e trabalhar em nosso proveito e do nosso semelhante, atendendo ao imperativo da vida tão bem definido em nossa novel doutrina espírita quando nos afirma: “Fora da caridade não há salvação”.
Que saibamos aproveitar mais essa grande oportunidade que estamos tendo na presente encarnação, para tirar o melhor proveito dessa sublime ferramenta ao nosso inteiro dispor, para nosso aperfeiçoamento a caminho da pureza espiritual, que estamos certos de alcançar um dia.

Jesus nos guarde em sua paz, hoje e sempre.
Bibliografia:
1) Xavier, Francisco Cândido. Livro: Nos domínios da mediunidade, pelo espírito André Luiz – FEB, 23ª edição, Cap. 1.
2) Idem, Idem, Cap. 17.
Francisco Rebouças.

03/06/2012

AS PALAVRAS DO MESTRE SOBRE O APOCALIPSE


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As profecias e O Livro dos Espíritos

2012: data inventada por Hollywood. As palavras proféticas de Jesus. O Apocalipse e a questão 1.019 d´O Livro dos Espíritos

O filme produzido em 2008, nos Estados Unidos, tentando reativar o tema catastrófico – 2012: O dia do Juízo Final – é na verdade mais uma tentativa de se criar uma onda de terrorismo psicológico de que o mundo vai acabar em 2012, explorando sem fundamento as profecias relativas às transformações por que a Terra passará para ingressar numa nova era. Segundo soubemos, os produtores desse filme usaram as profecias Maias e tentaram cristianizá-las, mas se esqueceram de que, quando ela foi concebida, aquele povo nem tinha ouvido falar de Jesus, muito menos pensavam em acreditar em um único Deus.

Segundo Emmanuel, no capítulo VI da segunda parte, intitulado “Alvoradas do reino do Senhor”, do livro Há dois mil anos, psicografado por Chico Xavier, Jesus, quando recepcionava no mundo espiritual um grupo de mártires sacrificados no circo romano, profetizou acerca do que a humanidade passaria nos dias atuais. Nessas profecias encontramos de que forma se dará a transição do nosso mundo de expiações e provas para mundo de regeneração.

O que vai acontecer sem data marcada

Eis as palavras do Mestre:

"Quando a escuridão se fizer mais profunda nos corações da Terra, determinando a utilização de todos os progressos humanos para o extermínio, para a miséria e para a morte, derramarei minha luz sobre toda a carne, e todos que vibrarem com o meu Reino e confiarem nas minhas promessas, ouvirão as nossas vozes e apelos santificadores.

Um sopro poderoso de verdade e vida varrerá toda a Terra, que pagará, então, à evolução dos seus institutos, os mais pesados tributos de sofrimentos e de sangue... Exausto de receber os fluidos venenosos da ignomínia e da iniquidade de seus habitantes, o próprio planeta protestará contra a impenitência dos homens, rasgando as entranhas em dolorosos cataclismos. As impiedades terrestres formarão pesadas nuvens de dor que rebentarão, no instante oportuno, em tempestades de lágrimas na face escura da Terra e, então, das claridades da minha misericórdia, contemplarei meu rebanho desditoso e direi como os meus emissários: Ó Jerusalém, ó Jerusalém...

Trabalharemos com amor, na oficina dos séculos porvindouros, reorganizaremos todos os elementos destruídos, examinaremos detidamente todas as ruínas buscando o material passível de novo aproveitamento e, renovadoras da vida planetária, organizaremos para o mundo um novo ciclo evolutivo, consolidando, com as divinas verdades do Consolador, os progressos definitivos do homem espiritual.”

“Para os montes”

Em o Novo Testamento, vamos encontrar em Mateus, nos capítulo 24 (profecia da ruína de Jerusalém) e 25 (sinais do fim do mundo), o mesmo sentido das palavras de Jesus anotadas por Emmanuel no romance mediúnico, a respeito do momento de transição pelo qual a Terra está passando.

Gostaria de destacar, ainda, o versículo 16, do capítulo 24, das palavras proféticas de Jesus, quando aconselha: "Então, os que estiverem na Judeia, fujam para os montes", e para entender o significado desse aconselhamento, vamos nos valer da interpretação de Emmanuel, no capítulo 140, da obra Caminho, Verdade e Vida, que é a seguinte:

‘Referindo-se aos instantes dolorosos que assina­lariam a renovação planetária, aconselhou o Mestre aos que estivessem na Judeia procurar os montes, A advertência é profunda, porque, pelo termo "Ju­deia", devemos tomar a "região espiritual" de quan­tos, pelas aspirações íntimas, se aproximem do Mestre para a suprema iluminação.

E a atualidade da Terra é dos mais fortes qua­dros nesse gênero. Em todos os recantos, estabelecem-se lutas e ruínas. Venenos mortíferos são inoculados pela política inconsciente nas massas populares. A baixada está repleta de nevoeiros tre­mendos. Os lugares santos permanecem cheios de trevas abomináveis. Alguns homens caminham ao sinistro clarão de incêndios. Aduba-se o chão com sangue e lágrimas, para a semeadura do porvir.

É chegado o instante de se retirarem os que permanecem na Judeia para os "montes" das ideias superiores. É indispensável manter-se o discípulo do bem nas alturas espirituais, sem abandonar a coope­ração elevada que o Senhor exemplificou na Terra; que aí consolide a sua posição de colaborador fiel, invencível na paz e na esperança, convicto de que, após a passagem dos homens da perturbação, portadores de destroços e lágrimas, são os filhos do trabalho que semeiam a alegria, de novo, e reconstroem o edifício da vida.’

O que diz O Livro dos Espíritos

Diante das profecias de Jesus a respeito desse momento que estamos vivendo no nosso planeta, vamos conferi-las com a resposta dos Benfeitores Espirituais à questão 1.019, de O Livro dos Espíritos, quando Allan Kardec indaga: “Poderá jamais implantar-se na Terra o reinado do bem?”.

Eis o que foi respondido:

"O bem reinará na Terra quando, entre os Espíritos que a vêm habitar, os bons predominarem, porque, então, farão que aí reinem o amor e a justiça, fonte do bem e da felicidade. Por meio do progresso moral e praticando as leis de Deus é que o homem atrairá para a Terra os bons Espíritos e dela afastará os maus. Estes, porém, não a deixarão, senão quando daí estejam banidos o orgulho e o egoísmo.

Predita foi a transformação da Humanidade e vos avizinhais do momento em que se dará, momento cuja chega­da apressam todos os homens que auxiliam o progresso. Essa transformação se verificará por meio da encarnação de Espí­ritos melhores, que constituirão na Terra uma geração nova.

Então, os Espíritos dos maus, que a morte vai ceifando dia a dia, e todos os que tentem deter a marcha das coisas serão daí excluídos, pois que viriam a estar deslocados entre os homens de bem, cuja felicidade perturbariam. Irão para mundos no­vos, menos adiantados, desempenhar missões penosas, tra­balhando pelo seu próprio adiantamento, ao mesmo tempo em que trabalharão pelo de seus irmãos ainda mais atrasados. Neste banimento de Espíritos da Terra transformada, não percebeis a sublime alegoria do Paraíso perdido e, na vinda do homem para a Terra em semelhantes condições, trazendo em si o gérmen de suas paixões e os vestígios da sua inferioridade primitiva, não descobris a não menos sublime alegoria do pe­cado original? Considerado deste ponto de vista, o pecado ori­ginal se prende à natureza ainda imperfeita do homem que, assim, só é responsável por si mesmo, pelas suas próprias faltas e não pelas de seus pais.

Todos vós, homens de fé e de boa vontade, trabalhai, portanto, com ânimo e zelo na grande obra da regeneração, que colhereis pelo cêntuplo o grão que houverdes semeado.

Ai dos que fecham os olhos à luz! Preparam para si mesmos lon­gos séculos de trevas e decepções. Ai dos que fazem dos bens deste mundo a fonte de todas as suas alegrias! Terão que so­frer privações muito mais numerosas do que os gozos de que desfrutaram! Ai, sobretudo, dos egoístas! Não acharão quem os ajude a carregar o fardo de suas misérias."

Conclusão

Todos esses acontecimentos relativos ao período de transição por que passamos para o início de uma nova era foram previstos no Apocalipse, palavra originária do grego, que quer dizer revelação, mas ele fala de transição, não destruição do mundo.

Foi João, um dos discípulos de Jesus, já bem idoso e vivendo na Ilha de Patmos, que escreveu o Apocalipse, o último livro do Novo Testamento. Nele, João apresenta a descrição das visões proféticas apresentadas por Jesus acerca dos acontecimentos pelos quais a humanidade iria passar nos tempos futuros, os quais, na verdade, já estamos vivendo: violência, fome, cataclismos, guerras alimentadas pelo ódio. A linguagem empregada era em diversos trechos figurada: por exemplo, a expressão “pássaros desovando ovos de fogo” descreve, na realidade, aviões despejando bombas destruidoras. Mas, depois de tudo isso, Jesus revela a João o surgimento de uma era de paz para o nosso mundo.

É claro que já estamos vivendo os sinais que antecedem esse novo tempo para a humanidade, previstos pelo Cristo, quando profetizou: “Ouvireis falar também de guerras (...) porque se verá levantar-se povo contra povo e reino contra reino”. Mas, como Ele próprio afirmou no “Sermão da Montanha”, “os brandos e pacíficos possuirão a Terra”, ou seja, após o fim de toda essa turbulência, o homem pacificado viverá a paz no planeta.Gerson Simões Monteiro http://www.oconsolador.com.br/ano6/263/cartaaoleitor.html

01/06/2012

OS PRAZERES IRREFLETIDOS E SEUS POSSÍVEIS EFEITOS

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Um minuto de prazer irrefletido e seus possíveis efeitos

No livro Tramas do Destino, cap. 17, seu autor espiritual, Manoel Philomeno de Miranda, alude aos chamados vícios sociais, que todos nós, médiuns, oradores, dirigentes ou simples trabalhadores da seara espírita, deveríamos evitar.

Tais vícios são o taba­gismo, o alcoolismo, a toxicomania; os excessos da mesa; as negligências mentais e morais, como as conversações doentias, deprimentes e obscenas; o cultivo dos pensamentos vulgares; o acalento de tendências negativas, bem como a inveja, o ciúme, a queixa, o azedume, a maledicência e o reproche.

Segundo Philomeno, o cultivo da prece e a leitura salutar, que inspiram ideias e pensamentos ditosos, são anticorpos valiosos con­tra a virulência desses escolhos, en­quanto que a vigilância, por meio do trabalho paulatino e sistemático, or­deiro e constante, a ação caridosa e os contributos da solidariedade e da tolerância nos fornecem condições para a feliz execução dos serviços e encargos que assumimos, tornando nossa passagem pela experiência reencarnatória frutuosa.

É preciso ter sempre em mente que um minuto de prazer irrefletido pode acarretar a perda de uma existência inteira!

No livro O Tesouro dos Espíritas, traduzido para o português por J. Herculano Pires, Miguel Vives estuda em profundidade o problema das tentações e oferece-nos orientação segura de como é possível neutralizá-las.

Dois conselhos devemos considerar quando tratamos desse tema, seja quando a tentação advém apenas de uma inclinação infeliz própria, sem influência exterior nenhuma, seja quando a ela esteja associada influenciação proveniente do plano espiritual.

O primeiro conselho, tantas vezes lembrado aqui, está expresso numa conhecida recomendação feita por Jesus: “Vigiai e orai para não cairdes em tentação”. Se não dermos a essa proposta a importância devida, não tenhamos dúvida, poderemos cair de novo nas mesmas redes em que já sucumbimos no passado.

O segundo conselho foi-nos dado na questão 469 de O Livro dos Espíritos, a primeira e principal obra da doutrina espírita.

Eis o que se lê na mencionada questão:

469. Por que meio podemos neutralizar a influência dos maus Espíritos?

“Praticando o bem e pondo em Deus toda a vossa confiança, repelireis a influência dos Espíritos inferiores e aniquilareis o império que desejem ter sobre vós. Guardai-vos de atender às sugestões dos Espíritos que vos suscitam maus pensamentos, que sopram a discórdia entre vós outros e que vos insuflam as paixões más. Desconfiai especialmente dos que vos exaltam o orgulho, pois que esses vos assaltam pelo lado fraco. Essa a razão por que Jesus, na oração dominical, vos ensinou a dizer: ‘Senhor! não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal’.“ http://www.oconsolador.com.br/ano6/262/editorial.html