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25/10/2011

FILHOS...

FILHO PRODIGO

O problema da planificação familiar, antes de maiores cogitações, deve merecer dos cônjuges mais profundas análises e reflexões...

Na situação atual, os pais dotados de recursos econômicos, menos procriam, em considerando as dis­ponibilidades que possuem, enquanto os destituídos de posses aumentam a prole, tornando muito mais com­plexas e difíceis as engrenagens do mecanismo social.

Os filhos são programados na esfera extra-física da vida, tendo-se em vista as injunções crédito-débito, defluentes das reencarnações passadas.

Normalmente, antes do mergulho no corpo car­nal, o Espírito reencarnante estabelece intercâmbio com os futuros genitores, de cujo concurso necessitam para o cometimento a empreender.

Os filhos não chegados pela via normal, não obstante, alcançarão a casa dos sentimentos negados, utilizando-se dos sutis recursos da Vida, que reaproxi­mam os afins pelo amor ou pela rebeldia quando se­parados, para as justas reparações.

Chegarão a outros tetos, mas dali sairão atraídos pelas necessidades propelentes ao encontro da família que lhe é própria, nem sempre forrados em objetivos relevantes...

Alguém que te chega, perturbando a paz.

Outrem que te rouba pertences e sossego.

O ser que te sobrecarrega de dissabores.

Aquele que de fora desarmoniza a tua família.

O vadio que te adentra o lar.

O viciado que corrompe quem te é caro.

O aliciador que chega de longe e infelicita o filho ou a filha que amas. .

Todos eles estão vinculados a ti.

Quiçá houvessem renascido sob o teu teto e as  circunstâncias impediriam dramas maiores.

Seja qual for a opção que escolhas — ter mais ou menos filhos —, os que se encontram na pauta das tuas necessidades chegar-te-ão, hoje ou mais tarde.

Sendo possível, acolhe-os da melhor maneira, porquanto, conforme os receberes, ser-te-ão amigos ge­nerosos ou rudes adversários dos quais não te liber­tarás facilmente.

Joanna de Ângelis

18/10/2011

A INDULGÊNCIA

Indulgência Permanente

Escasseia, cada vez mais, no
comportamento humano, a indulgência.
Relevante para o êxito da criatura em
si mesma e em relação ao próximo,
o pragmatismo negativo dos interesses
imediatos vem, a pouco e pouco,
desacreditando- a, deixando-a à margem.
Sem a indulgência no lar, diante das
atitudes infelizes dos familiares
ou em referência aos seus equívocos,
instala-se a malquerença; na oficina de
atividades comerciais, produz a
desconfiança; no trato social propicia o
desconforto moral e responde pelo
competição destrutiva.. .
Tentando substituí-la, as criaturas
imprevidentes colocam nos lábios a
mordacidade no trato com o semelhante, a
falsa superioridade, a ofensa freqüente,
a hipocrisia em arremedos de tolerância.
A indulgência para com as faltas alheias
é perfeita compreensão da própria fragilidade,
a refletir-se no erro de outrem, entendendo
que todos necessitam de oportunidade para
recuperar-se, e facultando-a sem assumir rígido
comportamento de censor ou injustificável
postura de benfeitor.
A indulgência é um sentimento de humanidade
que vige em todas as pessoas, aguardando
desdobramento e vitalidade que somente o
esforço de cada qual logra realizar.
É calma e natural, fraterna e gentil,
brotando como linfa cristalina alcance do
sedento.
Generosa, não guarda qualquer ressentimento,
olvidando as ofensas a benefício do próprio
agressor.
A indulgência é um ato de amor que se
expande e de caridade que se realiza.
Mede-se a conquista moral de um homem pelo
grau de indulgência que possui em relação aos
limites e erros alheios.
Ninguém que jornadeie, no mundo, sem errar
e que, por sua vez, não necessite da
indulgência daqueles a quem magoa ou contra
os quais se levanta.
A indulgência pacifica o infrator, auxiliando-
o a crescer em espírito e abre áreas de
simpatia naquele que a proporciona.
Virtude do sentimento, a indulgência revela
sabedoria da razão
Agredido pela ignorância do poviléu, ou pela
astúcia farisaica, ou pela covardia dos amigos,
ou pela pusilanimidade de Pilatos, Jesus foi
indulgente para com todos, não obstante jamais
houvesse recebido ou necessitasse da
indulgência de quem quer que fosse.
Lecionando o amor, toda a Sua vida é um
hino à indulgência e uma oportunidade de
redenção ao equivocado.
Sê, pois, tu também, indulgente em relação
ao teu próximo, quão necessitado te encontras
da indulgência dos outros assim como da Vida.
[Joanna de Ângelis]
[Divaldo Franco]
[Viver e Amar]
[Editora LEAL]

10/10/2011

A VISÃO ESPIRITUAL DE ALLAN KARDEC

 


Como as demais criaturas terrenas, o grande missionário de Lião, que se chamou Hippolyte Rivail, ou Allan Kardec, foi catalogado, em 3 de outubro de 1804, nas estatísticas humanas, retomando um organismo de carne para cumprimento de sua maravilhosa tarefa.

Cento e trinta e dois anos são passados sobre o acontecido e o apóstolo francês é lembrado, carinhosamente, na memória dos homens.

Professor dedicado ao seu grandioso ideal de edificar as almas, discípulo eminente de Pestalozzi, Allan Kardec trazia, desde o início de sua mocidade, a paixão pelas utilidades das coisas do espírito.

Suas obras didáticas estão cheias de amor a esse apostolado.

Até depois de 50 anos, sua palavra confortadora e sábia dirigiu-se às escolas, seus fosfatos foram consumidos nos mais nobres labores do intelecto, em favor da formação da juventude; suas mãos de benfeitor edificaram o espírito da infância e da mocidade de sua pátria.

Sua vida de homem está repleta de grandes renúncias e sublimes dedicações. Nunca os insultos e as ações dos traidores lhe entibiaram o ânimo de soldado do bem.

Os espíritos das estradas do mundo não lhe trucidaram o coração temperado no aço da energia espiritual e no ouro das convicções sadias que lhe povoaram toda a existência.

Recordando a beleza perfeita dos planos intangíveis, que vinha de deixar para cumprir na Terra a mais elevada das obrigações de um missionário, sob as vistas amoráveis de Jesus, Allan Kardec fez da sua vida um edifício de exemplos enobrecedores, esperando sempre a ordem do Mestre Divino para que suas mãos intrépidas tomassem a charrua das ações construtoras e edificantes.

Só depois de 50 anos sua personalidade adquiriu a precisa preponderância e sua atividade, o desdobramento necessário, prestigiando-se a sua tarefa na codificação do Espiritismo, que vinha trazer à humanidade uma nova luz para a solução do amargo problema do destino e da dor.

Ninguém como ele compreendeu tanto a necessidade da intervenção das forças celestes para que as conquistas do pensamento humano, sintetizado no surto das civilizações, não se perdessem na noite dos materialismos dissolventes.

Ele sentiu, refletindo as poderosas vibrações do Alto, que os seus contemporâneos preparavam a extinção de toda a crença e de toda a esperança que deveriam fortalecer o espírito humano, nas

dolorosas transições do século XX.

As especulações filosóficas e científicas de Comte, Virchow, Büchner e Moleschot, aliadas ao sibaritismo dos religiosos, teriam eliminado fatalmente a fé da Humanidade no seu glorioso porvir espiritual, em todos os setores da

civilização do Ocidente, se o missionário de Lião não viesse trazer aos homens a cooperação da sua renúncia e dos seus abençoados sacrifícios.

Quando Jesus desceu um dia à Terra para oferecer às criaturas a dádiva da sua vida e do seu amor, seus passos foram precedidos pelos de João Batista, que aceitara a dolorosa

tarefa de precursor, experimentando todos os martírios no deserto.

O Consolador prometido à Terra pelo coração misericordioso do Divino Mestre, e que é o Espiritismo, teve o sacrifício de Allan Kardec – o precursor da sua gloriosa disseminação no peito atormentado das criaturas humanas.

Seu retiro não foi a terra brava e estéril da Judéia, mas o deserto de

sentimentos das cidades tumultuosas; no burburinho das atividades dos homens, no turbilhão das suas lutas, ele experimentou na alma, muitas vezes, o fel do apodo e do insulto dos malevolentes e dos ingratos.

Mas, sua obra aí ficou como o roteiro maravilhoso do país abençoado da redenção.

Espíritos eminentes foram ao mapa de suas atividades para conhecerem melhor o caminho.

Flammarion se embriaga no perfume ignorado dessas terras misteriosas do novo conhecimento, descobertas pela sua operosidade de instrumento do

Senhor, e apresenta ao mundo as suas novas teorias cosmológicas, enchendo a fria matemática astronômica de singular beleza e suave poesia. Sua obra – “Lês Forces Naturelles Inconnues” é um caminho aberto às indagações científicas que teriam mais tarde, com Reichet, amplos desenvolvimentos. Gabriel Delanne e Leon Denis se inflamam de entusiasmo diante das obras do mestre e ensaiam a filosofia espiritualista, inaugurando uma nova época para o pensamento religioso, alargando as perspectivas infinitas da ciência universal.

E, desde os meados do século que passou, a figura de Kardec se eleva cada vez mais no conceito dos homens.

O interesse do mundo pela sua obra pode ser conhecido pelo número de edições de seus livros, e, na hora que passa, cheia de nuvens nos horizontes da Terra e de amargas apreensões no seio de suas criaturas, nenhuma homenagem há, mais justa e mais merecida, do que essa que se prepara em todos os recantos onde a consoladora doutrina do Espiritismo plantou a sua bandeira, como preito de admiração ao ilustre e benemérito codificador.

O Brasil evangélico deve orgulhar-se das comemorações que levará a efeito, lembrando a personalidade inconfundível do grande missionário francês, porque a obra mais sublime de Allan Kardec foi a reedificação da esperança de todos os infortunados e de todos os infelizes do mundo, no amor de Jesus-Cristo.

Conta-se que logo após a sua desencarnação, quando o corpo ainda não havia baixado ao Père-Lachaise (1) para descansar à sombra do dólmen dos seus valorosos antepassados, uma multidão de Espíritos veio saldar o mestre no limiar do sepulcro.

Eram antigos homens do povo, seres infelizes que ele havia consolado e redimido com suas ações prestigiosas, e, quando se entregavam às mais santas expansões afetivas, uma lâmpada maravilhosa caiu do céu sobre a grande assembléia dos humildes, iluminando-a com uma luz que, por sua

vez, era formada de expressões do seu “Evangelho segundo o Espiritismo”, ao mesmo tempo em que uma voz poderosa e suave dizia do Infinito:

- “Kardec, regozija-te com a tua obra! A luz que acendeste com os teus sacrifícios na estrada escura das descrenças humanas vem felicitar-te nos pórticos misteriosos da Imortalidade...

O mel suave da esperança e da fé que derramaste nos corações sofredores da Terra, reconduzindo-os para a confiança da minha misericórdia, hoje se entorna em tua própria alma, fortificando-te para a claridade maravilhosa do futuro. No céu estão guardados todos os prantos que choraste e todos os sacrifícios que empreendeste...

Alegra-te no Senhor, pois teus labores não ficaram perdidos.

Tua palavra será uma bênção para os infelizes e desafortunados do mundo, e ao influxo de tuas obras a Terra conhecerá o Evangelho no seu novo dia!...”

Acrescenta-se, então, que grandes legiões de Espíritos eleitos entoaram na Imensidade um hino de hosanas ao homem que organizara as primícias do Consolador para o planeta terreno e que, escoltado pelas multidões de seres agradecidos e felizes, foi o mestre, em demanda das esferas luminosas, receber a nova palavra de Jesus.

***

Kardec! eu não te conheci e nem te poderia entender na minha condição de homem perverso da Terra, mas recebe, no dia em que o mundo lembra, comovido, a tua presença entre os homens, o preito da minha amizade e da minha admiração.


Nota:

(1) Pequeno engano do cronista, pois que o corpo foi sepultado primeiramente no Cemitério de Montmartre. A trasladação dos despojos para o dólmen do Père-Lechaise fez-se um ano depois. (Nota da Editora – FEB).

Autor : Espírito Humberto de Campos

Psicografada em : 28 de setembro de 1936-Fonte: Extraído do livro Crônicas de além tumulo- Francisco C. Xavier/ Humberto de Campos – Editora FEB.                                                                  http://lucianodudu1974.blogspot.com/

02/10/2011

O FILME DOS ESPÍRITOS chega finalmente ao cinema

Trailer oficial do Filme

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O Filme dos Espíritos chega finalmente ao cinema

Primeiro filme dos diretores André Marouço e Michel Dubret, estreia no dia 7 de outubro O Filme dos Espíritos, com o ator Reinaldo Rodrigues no papel principal

Após perder a esposa e a caminho do suicídio, um homem se depara com “O Livro dos Espíritos” e começa uma jornada de transformação interior rumo aos mistérios da vida espiritual e suas influências no mundo material.

Baseado numa história real narrada em um dos livros psicografados por Francisco Cândido Xavier, o filme tem como responsável pela produção a Fundação Espírita André Luiz e reúne em seu elenco artistas bem conhecidos do público brasileiro, a exemplo do protagonista Reinaldo Rodrigues, do grupo Tapa de Teatro e do Clube da Voz, e dos atores Nelson Xavier, Etty Fraser, Ênio Gonçalves, Ana Rosa e Sandra Corveloni, registrando-se ainda a participação especial da apresentadora de TV Luciana Gimenez, que entrou no elenco no lugar de Regina Duarte, que teve de deixar o filme devido a outros compromissos. Para interpretar a mulher de um pescador, Gimenez passou por um processo de maquiagem que levava em média quatro horas, de forma a envelhecê-la cerca de 30 anos.

A direção do filme foi confiada a André Marouço e Michel Dubret. Marouço é jornalista, radialista e produtor que se encontra à frente da Mundo Maior Filmes (produtora vinculada à Fundação Espírita André Luiz). Dubret é formado em cinema pela Faap (Fundação Armando Álvares Penteado) e trabalhou por 

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quatro a nos no Studio Fátima Toledo, no casting e preparação de atores.
A peça cinematográfica é, em verdade, uma homenagem a Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, cujo aniversário de nascimento se comemora no dia 3 de outubro, e ao principal livro da doutrina espírita – “O Livro dos Espíritos”.
Por meio do filme, seus idealizadores pretendem, de um lado, incentivar o avivamento das ideias cristãs nos corações sôfregos e, de outro, obter recursos com o objetivo de patrocinar novas ações no terreno da divulgação espírita.

O filme baseia-se em uma história real
narrada por Hilário Silva

A produção de longa-metragem surgiu a partir do Projeto Mundo Maior de Cinema que recebeu, em 2009, cerca de 100 roteiros de jovens diretores e roteiristas de diferentes regiões do país. Desse grupo, oito foram selecionados e contaram com suporte técnico e profissional da produtora. O resultado foi a realização de oito curtas-metragens com tema espiritualista e transcendental. Eles foram exibidos em novembro de 2009 e premiados em diversas categorias. A etapa final dessa iniciativa foi a filmagem de O Filme dos Espíritos. Rodado grande parte na capital de São Paulo, o longa-metragem teve também cenas filmadas em Cajazeiras/PB e nas cidades paulistas de Atibaia, Araçoiaba da Serra e Ubatuba.

Em linhas gerais, o filme conta a história de um homem, Bruno Alves, que, por volta dos 40 anos, perde a mulher e se vê completamente abalado. A perda do emprego se soma à sua profunda tristeza e o suicídio lhe parece a única saída.  Nesse momento, ele entra em contato com “O Livro dos Espíritos”, obra escrita por Allan Kardec. A partir daí, o protagonista da história começa uma jornada de transformação interior rumo aos mistérios da vida espiritual.

A história que inspirou o filme pode ser vista no cap. 52 do livro “O Espírito da Verdade”, obra ditada por Espíritos Diversos por intermédio dos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira. Intitulado “Há um século”, o texto é de autoria do Espírito de Hilário Silva.

Eis o relato escrito por Hilário Silva:

“Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, naquela triste manhã de abril de 1860, estava exausto, acabrunhado. Fazia frio. Muito embora a consolidação da Sociedade Espírita de Paris e a promissora venda de livros, escasseava o dinheiro para a obra gigantesca que os Espíritos Superiores lhe haviam colocado nas mãos. A pressão aumentava... Missivas sarcásticas avolumavam-se à mesa.

“Nossa vida corria normalmente e tudo era
alegria e esperança...”

Quando mais desalentado se mostrava, chega a paciente esposa, Madame Rivail – a doce Gaby –, a entregar-lhe certa encomenda, cuidadosamente apresentada. O professor abriu o embrulho, encontrando uma carta singela.

E leu: 

‘Sr. Allan Kardec:

Respeitoso abraço.

Com a minha gratidão, remeto-lhe o livro anexo, bem como a sua história, rogando-lhe, antes de tudo, prosseguir em suas tarefas de esclarecimento da Humanidade, pois tenho fortes razões para isso.

Sou encadernador desde a meninice, trabalhando em grande casa desta capital.

Há cerca de dois anos casei-me com aquela que se revelou minha companheira ideal. Nossa vida corria normalmente e tudo era alegria e esperança, quando, no início deste ano, de modo inesperado, minha Antoinette partiu desta vida, levada por sorrateira moléstia.

Meu desespero foi indescritível e julguei-me condenado ao desamparo extremo. Sem confiança em Deus, sentindo as necessidades do homem do mundo e vivendo com as dúvidas aflitivas de nosso século, resolvera seguir o caminho de tantos outros, ante a fatalidade...

A prova da separação vencera-me, e eu não passava, agora, de trapo humano. Faltava ao trabalho e meu chefe, reto e ríspido, ameaçava-me com a dispensa. Minhas forças fugiam. Namorara diversas vezes o Sena e acabei planeando o suicídio. ‘Seria fácil, não sei nadar’ – pensava.

Sucediam-se noites de insônia e dias de angústia. Em madrugada fria, quando as preocupações e o desânimo me dominaram mais fortemente, busquei a Ponte Marie. Olhei em torno, contemplando a corrente... E, ao fixar a mão direita para atirar-me, toquei um objeto algo molhado que se deslocou da amurada, caindo-me aos pés. Surpreendido, distingui um livro que o orvalho umedecera. Tomei o volume nas mãos e, procurando a luz mortiça de poste vizinho, pude ler, logo no frontispício, entre irritado e curioso: ‘Esta obra salvou-me a vida. Leia-a com atenção e tenha bom proveito.  – A. Laurent.’

Após ler a carta providencial, Allan Kardec
experimentou nova luz

Estupefato, li a obra O LIVRO DOS ESPÍRITOS, ao qual acrescentei breve mensagem, volume esse que passo às suas mãos abnegadas, autorizando o distinto amigo a fazer dele o que lhe aprouver.’

Ainda constavam da mensagem agradecimentos finais, a assinatura, a data e o endereço do remetente.

O Codificador desempacotou, então, um exemplar de O LIVRO DOS ESPÍRITOS ricamente encadernado, em cuja capa viu as iniciais do seu pseudônimo e na página do frontispício, levemente manchada, leu com emoção não somente a observação a que o missivista se referira, mas também outra, em letra firme: ‘Salvou-me também. Deus abençoe as almas que cooperaram em sua publicação. – Joseph Perrier.’

Após a leitura da carta providencial, o Professor Rivail experimentou nova luz a banhá-lo por dentro... Conchegando o livro ao peito, raciocinava, não mais em termos de desânimo ou sofrimento, mas sim na pauta de radiosa esperança.

Era preciso continuar, desculpar as injúrias, abraçar o sacrifício e desconhecer as pedradas... Diante de seu espírito turbilhonava o mundo necessitado de renovação e consolo.

Allan Kardec levantou-se da velha poltrona, abriu a janela à sua frente, contemplando a via pública, onde passavam operários e mulheres do povo, crianças e velhinhos... O notável obreiro da Grande Revelação respirou a longos haustos e, antes de retomar a caneta para o serviço costumeiro, levou o lenço aos olhos e limpou uma lágrima...”

Notas: Mais informações sobre o filme podem ser obtidas na internet nos endereços seguintes: site - www.ofilmedosespiritos.com.br  http://www.oconsolador.com.br/ano5/229/especial2.html