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24/06/2011

DEUS - A RAZãO PERFEITA

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A nossa compreensão de Deus muda na mesma proporção em que a nossa percepção sobre a vida se amplia. É uma tarefa espinhosa, quando o limitado intenta alcançar o Ilimitado, ou o finito entender o Infinito. Da megaestrutura dos astros à infra-estrutura subatômica, tudo está mergulhado na substância viva da mente do Criador da vida.

O físico americano Paul Davies no seu livro intitulado Deus e a Nova Física afirma categoricamente que “o universo foi desenhado por uma consciência cósmica.”(1)
O cientista brasileiro Marcos N. Eberlin, professor doutor titular da Universidade Estadual de Campinas, membro da Academia Brasileira de Ciências e comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico, ressalta que, na condição de químico, estuda a arquitetura da matéria, como foram formados os átomos, as moléculas, quais são as leis que regem o mundo atômico e molecular e suas transformações. Quando essa arquitetura é observada “mais de longe”, superficialmente, já se mostra extremamente bela, complexa, simétrica, sincronizada, uma obra de arte, um esplendor absoluto. Percebe-se uma riqueza extraordinária de detalhes, uma arquitetura constituída das mais diferentes formas geométricas, lindas, harmônicas, periódicas, perfeitas.

“Como a água, com sua estrutura angular simples, mas única, que rege suas propriedades também únicas, impressionantes, e que forma lindos cristais de gelo, de um design sem igual; os átomos e o balé sincronizado de seus elétrons em orbitais; as proteínas, outro espetáculo, uma arquitetura química tridimensional e com pontos de encaixe engenhosamente posicionados que confere a essas moléculas propriedades diversas, uma eficiência extraordinária como aceleradores de reações jamais igualada por qualquer outra espécie química, explica Eberlin”(2)
Do micro para o macrocosmo, sabe-se que as últimas descobertas da cosmologia moderna mostram que o Universo tem lançado enigmas maiores e mais profundos sobre sua verdadeira essência, desconsertando a lógica da inteligência humana. Na obra “A Partícula de Deus”, o físico Leon Lederman, ganhador do Prêmio Nobel, em 1988, defende a tese de que Deus existe e está na origem de todas as coisas. O comportamento de pesquisa do físico holandês, Willem B. Drees, autor do livro “Além do Big Bang - Cosmologia Quântica e Deus”, demonstra claramente que há um interesse crescente pela investigação científica, baseado na certeza da existência de Deus.
O Espírito Emmanuel narra que “ante a estupenda obra do Criador o homem observa as dimensões diminutas do Lar Cósmico [Terra] em que se desenvolve. Descobre que o Sol tem um volume de 1.300.000 vezes maior; a Lua dista mais de 380.000 quilômetros; Marte, distante de nós cerca de 56.000.000 de quilômetros na época de sua maior aproximação, Capela é 5.800 vezes maior, Canópus tem um brilho oitenta vezes superior ao Sol".(3)
O Sistema Solar possui apenas 9 planetas, com 57 satélites, no total de 68 corpos celestes. E para que tenhamos noção de sua insignificância diante do restante do Universo, nosso Sistema Solar compõe um minúsculo espaço da pequena da Via Láctea"(4), ou seja, um aglomerado de cerca de 100 bilhões de estrelas, com pelo menos cem milhões de planetas e, segundo Carl Seagan, no mínimo cem mil deles com vida inteligente e mil com civilizações mais evoluídas que a nossa.(5)
Pesquisadores que se prenderam ao materialismo, herdeiros diretos do atomismo materialista de Demócrito, Leucipo e Lucrécio, têm zombado da fé ingênua e primitiva, escravizadas aos prosélitos dos religiosos, destarte, esforçam-se para aniquilar histórica e emocionalmente a entronização contumaz desse Deus criado pela teologia humana, por ser incompatível com a racionalidade acadêmica.
Voltaire, em êxtase, afirmou que não acreditava nos deuses criados pelos homens, mas sim no Deus criador do homem. Sócrates nomeava Deus como "A razão perfeita"; o seu discípulo, Platão, O designava por "Idéia do bem"."A dedução que se pode tirar da certeza inata que todos os homens trazem em si, da existência de Deus, é a de que Ele existe; pois, donde lhes viria esse sentimento, se não tivesse uma base?"(6) E podemos encontrar a prova da existência de Deus no axioma que aplicamos às nossas ciências terrenas, de que não há efeito sem causa, logo, “procuremos a causa de tudo o que não é obra do homem e a nossa razão nos responderá".(7)
Referências bibliográficas:
(1)           Davies, Paul. Deus e a Nova Física, Lisboa: Edições 70, 1986, p. 157.
(2)           Marcos N. Eberlin, professor doutor titular da Universidade Estadual de Campinas, membro da Academia Brasileira de Ciências, comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico. Entre as pesquisas realizadas, destacam-se os estudos de reatividade de íons na fase gasosa, que levaram à descoberta de vários novos íons e novas reações com diferentes aplicações analíticas e sintéticas. Uma dessas reações hoje leva seu nome: Reação de Eberlin.
(3)           XAVIER, Francisco Cândido. Roteiro. Ditada pelo Espírito Emmanuel. Rio [de Janeiro]: FEB, 1994, Cap. 1.
(4)           As últimas observações do telescópio Hubble (em órbita), mostram o número de galáxias conhecidas de 50 milhões.
(5)           Em 1991, em Greenwich, na Inglaterra, o observatório localizou um quasar (possível ninho de galáxias) com a luminosidade correspondente a um quatrilhão de sóis
(6)           Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. Feb, 2004, item 58
(7)           idem, Questão 42  - Jorge Hessen
http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com/2011/04/deus-razao-perfeita.html

17/06/2011

MEDIUNIDADE NO TEMPO DE JESUS

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“Se alguém julga ser profeta ou inspirado pelo Espírito, reconheça um mandamento do Senhor nas coisas que estou escrevendo para vocês” (PAULO, aos coríntios).

Introdução

A mediunidade é uma faculdade humana que consiste na sintonia espiritual entre dois seres. Normalmente, a usamos para designar a influência de um Espírito desencarnado sobre um encarnado, entretanto, julgamos que, acima de tudo, por se tratar de uma aquisição do Espírito imortal, pouco importa a situação em que se encontram esses dois seres, para que se processe a ligação espiritual entre eles.

É comum que ataques ao Espiritismo ocorram por conta desse “dom”, como se ele viesse a acontecer exclusivamente em nosso meio. Ledo engano, pois, conforme já o dissemos, é uma faculdade humana, e assim sendo, todos a possuem, variando apenas quanto ao seu grau.

Os detratores querem, por todos os meios, fazer com que as pessoas acreditem que isso é coisa nova, mas podemos provar que a mediunidade não é coisa nova e que até mesmo Jesus dela pode nos dar notícias. É o que veremos a seguir.

A mediunidade e Jesus

Quando Jesus recomenda a seus doze discípulos a divulgação de que o “reino do Céu está próximo” fica evidenciado, aos que estudaram ou vivenciam esse fenômeno, que o Mestre estava falando mesmo era da faculdade mediúnica. Entretanto, por conta dos tradutores ou dos teólogos, essa realidade ficou comprometida no texto bíblico. Entretanto, como é impossível “tapar o sol com uma peneira”, podemos perfeitamente identificá-la, apesar de todo o esforço para escondê-la.

O evangelista Mateus narra o seguinte:

Eis que eu envio vocês como ovelhas no meio de lobos. Portanto, sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Tenham cuidado com os homens, porque eles entregarão vocês aos tribunais e açoitarão vocês nas sinagogas deles. Vocês vão ser levados diante de governadores e reis, por minha causa, a fim de serem testemunhas para eles e para as nações. Quando entregarem vocês, não fiquem preocupados como ou com aquilo que vocês vão falar, porque, nessa hora, será sugerido a vocês o que vocês devem dizer. Com efeito, não serão vocês que irão falar, e sim o Espírito do Pai de vocês é quem falará através de vocês”. (10,16-20).

A primeira observação que faremos é que por ter tentado a Eva, dizem que a serpente seria o próprio satanás, entretanto, isso fica estranho, porquanto o próprio Jesus nos recomenda sermos prudentes como as serpentes. Esse fato demonstra que tal associação é apenas fruto do dogmatismo que só produz o fanatismo religioso.

Essa fala de Jesus é inequívoca quanto ao fenômeno mediúnico: “não fiquem preocupados como ou com aquilo que vocês vão falar, porque, nessa hora, será sugerido a vocês”, e arremata: “Com efeito, não serão vocês que irão falar, e sim o Espírito do Pai de vocês é quem falará através de vocês”. A tentativa de esconder o fenômeno fica por conta da expressão “o Espírito do Pai”, quando a realidade é “um Espírito do Pai” a mudança do artigo indefinido para o artigo definido tem como objetivo principal desvirtuar a fenomenologia em primeiro plano e em segundo, mais um ajuste de texto bíblico para apoiar a trindade divina copiada dos povos pagãos.

O filósofo e teólogo Carlos Torres Pastorino abordando a questão da mudança do artigo, diz:

“...Novamente sem artigo. Repisamos: a língua grega não possuía artigos indefinidos. Quando a palavra era determinada, empregava-se o artigo definido ‘ho, he, to’. Quando era indeterminada (caso em que nós empregamos o artigo indefinido), o grego deixava a palavra sem artigo. Então quando não aparece em grego o artigo, temos que colocar, em português, o artigo indefinido: UM espírito santo, e nunca traduzir com o definido: O espírito santo”. (Sabedoria do Evangelho, volume 1, pág 43).

Se sustentarmos a expressão “o Espírito do Pai” teremos forçosamente que admitir que o próprio Deus venha a se manifestar num ser humano. Pensamento absurdo como esse só pode ser pela falta de compreensão da grandeza de Deus. Dizem os cientistas que no cosmo há 100 bilhões de galáxias, cada uma delas com cerca de 100 bilhões de estrelas, fazendo do Universo uma coisa fora do alcance de nossa limitada imaginação, mas, mesmo que a custa de um grande esforço, vamos imaginar tamanha grandeza. Bom, façamos agora a pergunta: o que criou tudo isso? Diante disso, admitir que esse ser possa estar pessoalmente inspirando uma pessoa é fora de proposto, coisa aceitável a de povos primitivos, cujos conhecimentos não lhes permitem ir mais longe, por restrição imposta pelo seu hábitat.

A mediunidade no apostolado

Um fato, que reputamos como de inquestionável ocorrência da mediunidade, aconteceu logo depois da morte de Jesus, quando os discípulos reunidos receberam “como que línguas de fogo” e começaram a falar em línguas, de tal sorte que, apesar da heterogeneidade do povo que os ouvia, cada um entendia o que falavam em sua própria língua. Fato extraordinário registrado no livro Atos dos Apóstolos, desta forma:

“Quando chegou o dia de Pentecostes, todos eles estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho como o sopro de um forte vendaval, e encheu a casa onde eles se encontravam. Apareceram então umas como línguas de fogo, que se espalharam e foram pousar sobre cada um deles. Todos ficaram repletos do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Acontece que em Jerusalém moravam judeus devotos de todas as nações do mundo. Quando ouviram o barulho, todos se reuniram e ficaram confusos, pois cada um ouvia, na sua própria língua, os discípulos falarem”. (Atos 2, 1-6).

Aqui podemos identificar o fenômeno mediúnico conhecido como xenoglossia, que na definição do Aurélio é: A fala espontânea em língua(s) que não fora(m) previamente aprendida(s). Mas, como da vez anterior, tentam mudar o sentido, para isso alteram o artigo indefinido para o definido, quando a realidade seria exatamente que estavam “repletos de um Espírito santo (bom)”.

Fato semelhante aconteceu, um pouco mais tarde, nomeado como o Pentecostes dos pagãos:

“Pedro ainda estava falando, quando o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a Palavra. Os fiéis de origem judaica, que tinham ido com Pedro, ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo também fosse derramado sobre os pagãos. De fato, eles os ouviam falar em línguas estranhas e louvar a grandeza de Deus...” (At 10, 44-46).

Episódio que confirma que “Deus não faz acepção de pessoas” (At 10,34), daí podermos estender à mediunidade como uma faculdade exclusiva a um determinado grupo religioso, mas existindo em todos segmentos em suas expressões de religiosidade.

A mediunidade como era “transmitida”

A bem da verdade não há como ninguém transmitir a mediunidade para outra pessoa, entretanto, pelos relatos bíblicos, a imposição das mãos fazia com que houvesse sua eclosão, óbvio que naqueles que a possuíam em estado latente. Vejamos algumas situações em que isso ocorreu.

Em Atos 8, 17-18:

“Então Pedro e João impuseram as mãos sobre os samaritanos, e eles receberam o Espírito Santo. Simão viu que o Espírito Santo era comunicado através da imposição das mãos. Dêem para mim também esse poder, a fim de que receba o Espírito todo aquele sobre o qual eu impuser as mãos”.

Simão era um mago que, com suas artes mágicas, deixava o povo da região de Samaria maravilhado. Mas, ao ver o “poder” de Pedro e João, ficou impressionado com o que fizeram, daí lhes oferece dinheiro a fim de que dessem a ele esse poder, para que sobre todos os que ele impusesse as mãos, também recebessem o Espírito Santo.

Em Atos 19, 1-7:

“Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou as regiões mais altas e chegou a Éfeso. Encontrou aí alguns discípulos, e perguntou-lhes: ‘Quando vocês abraçaram a fé receberam o Espírito Santo?’ Eles responderam: ‘Nós nem sequer ouvimos falar que existe um Espírito Santo’. Paulo perguntou: ‘Que batismo vocês receberam?’ Eles responderam: ‘O batismo de João’. Então Paulo explicou: ‘João batizava como sinal de arrependimento e pedia que o povo acreditasse naquele que devia vir depois dele, isto é, em Jesus’. Ao ouvir isso, eles se fizeram batizar em nome do Senhor Jesus. Logo que Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles, e começaram a falar em línguas e a profetizar. Eram, ao todo, doze homens”.

Será que podemos entender que o batismo de Jesus é “receber o Espírito Santo”, conseguido pela imposição das mãos? A narrativa nos leva a aceitar essa hipótese, apenas mantemos a ressalva feita anteriormente quanto à expressão “o Espírito Santo”.

A mediunidade como os dons do Espírito

Na estrada de Damasco, Paulo, que até então perseguia os cristãos, numa ocorrência transcendente, se encontra com Jesus, passando, a partir daí, a segui-lo. Durante o seu apostolado se comunicava diretamente com o Espírito de Jesus, demonstrando sua incontestável mediunidade.

Aliás, o apóstolo Paulo foi quem mais entendeu do fenômeno mediúnico, tanto que existem recomendações preciosas de sua parte aos agrupamentos cristãos de então. Ele o chamava de “dons do Espírito”. “Sobre os dons do Espírito, irmãos, não quero que vocês fiquem na ignorância” (1Cor 12,1), mostrando-se interessado em que todos pudessem conhecer tais fenômenos.

E esclarece o apóstolo dos gentios:

“Existem dons diferentes, mas o Espírito é o mesmo; diferentes serviços, mas o Senhor é o mesmo; diferentes modos de agir, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para a utilidade de todos. A um, o Espírito dá a palavra de sabedoria; a outro, a palavra de ciência segundo o mesmo Espírito; a outro, o mesmo Espírito dá a fé; a outro ainda, o único e mesmo Espírito concede o dom das curas; a outro, o poder de fazer milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, o dom de falar em línguas; a outro ainda, o dom de as interpretar. Mas é o único e mesmo Espírito quem realiza tudo isso, distribuindo os seus dons a cada um, conforme ele quer”. (1 Cor 12,4-11).

Novamente, mudando-se “o Espírito” para “um Espírito”, estaremos diante da faculdade mediúnica, basta “ter olhos de ver”.

Ao que parece, naquela época, os médiuns se preocupavam mais com a xenoglossia Paulo para desfazer esse engano novamente faz outras recomendações aos coríntios (1Cor 14,1-25). Disse ele:

“...aspirem aos dons do Espírito, principalmente à profecia. Pois aquele que fala em línguas não fala aos homens, mas a Deus. Ninguém o entende, pois ele, em espírito, diz coisas incompreensíveis. Mas aquele que profetiza fala aos homens: edifica, exorta, consola. Aquele que fala em línguas edifica a si mesmo, ao passo que aquele que profetiza edifica a assembléia. Eu desejo que vocês todos falem em línguas, mas prefiro que profetizem. Aquele que profetiza é maior do que aquele que fala em línguas, a menos que este mesmo as interprete, para que a assembléia seja edificada...”.

Conclusão

Como apregoa a Doutrina Espírita o fenômeno mediúnico nada mais é que uma ocorrência de ordem natural. Podemos identificá-lo desde os mais remotos tempos da humanidade, e não poderia ser diferente, pois, em se tratando de uma manifestação de uma faculdade humana, deverá ser mesmo tão velha quanto a permanência do homem aqui na Terra.

Mas, infelizmente, a intolerância religiosa, a ignorância e, por vezes, a má-vontade, não permitiu que fosse divulgada da forma correta, ficando mais por conta de uma ocorrência sobrenatural, que só acontecia a uns poucos privilegiados. Coube ao Espiritismo a desmistificação desse fenômeno, bem como a sua explicação racional. Kardec nos deixou um legado importantíssimo para todos que possam se interessar pelo assunto, quando lança O Livro dos Médiuns, que recomendamos aos que buscam o conhecimento dessa fenomenologia, ainda muito incompreendida em nossos dias.

Referência bibliográfica.

15/06/2011

CORRENTES MENTAIS

"No cérebro humano, gabinete da alma erguida a estágios mais nobres na senda evolutiva, a corrente mental não se exprime tão só à maneira de impulso necessário à sustentação dos circuitos orgânicos, com base na nutrição e reprodução. É pensamento contínuo, fluxo energético incessante, revestido de poder criador inimaginável." - André Luiz

CORRENTES DE ELÉTRONS MENTAIS

- Dentro de certa analogia, temos também as correntes de elétrons mentais, por toda a parte, formando cargas que aderem ao campo magnético dos indivíduos, ou que vagueiam, entre eles, à maneira de campos elétricos que acabam atraídos por aqueles que, excessivamente carregados, se lhes afeiçoem à natureza.
Recorrendo à imagem da caneta-tinteiro, em atrito com o pano de lã, e da máquina eletrostática, em que os elétrons se condicionam para a produção de centelhas, lembraremos que toda compressão de agentes mentais, através da atenção, gera em nossa alma estados indutivos pelos quais atraímos cargas de pensamentos em sintonia com os nossos.
A leitura de certa página, a consulta a esse ou àquele livro, determinada conversação, ou o interesse voltado para esse ou aquele assunto, nos colocam em correlação espontânea com as Inteligência encarnadas ou desencarnadas que com eles se harmonizem, por intermédio das cargas mentais que acumulamos e emitimos, em forma de quadros ou centelhas em série, com que aliciamos para o nosso convívio mental os que se integram a ideações analógicas às nossas.
Não nos propomos afirmar que o fenômeno da caneta-tinteiro ou do aparelho eletrostático seja igual à ocorrência da indução mental no cérebro.
Assinalamos apenas a analogia de superfície, para salientar a importância dos nossos pensamentos concentrados em certo sentido, porque é pela projeção de nossas idéias que nos vinculamos às Inteligências inferiores ou superiores de nosso caminho.
E para estampar, com mais segurança, a nossa necessidade de equilíbrio, perante a vida, recordemos que à maneira das correntes incessantes de força, que sustentam a Natureza terrestre, também o pensamento circula ininterrupto, no campo magnético de cada Espírito, extravasando-se para além dele, com as essências características a cada um.
Queira ou não, cada alma possui no próprio pensamento a fonte inestancável das próprias energias.
Correntes vivas fluem do íntimo de cada Inteligência, a se lhe projetarem no "halo energético", estruturando-lhe a aura ou fotosfera psíquica, à base de cargas magnéticas constantes, conforme a natureza que lhes é peculiar, de certa forma semelhantes às correntes de força que partem da massa planetária, compondo a atmosfera que a envolve.

CORRENTES MENTAIS CONSTRUTIVAS

- Assim como a Natureza encontra, na distribuição harmoniosa das próprias energias, o caminho justo para o próprio equilíbrio, sustentando-se em movimento contínuo, o Espírito identifica, no trabalho ordenado com segurança, a trilha indispensável para o seu clima ideal de euforia.
Quanto mais enobrecida a consciência, mais se lhe configurará a riqueza de imaginação e poder mental, surgindo portanto mais complexo o cabedal de suas cargas magnéticas ou correntes mentais, a vibrarem ao redor de si mesmo e a exigirem mais ampla quota de atividade construtiva no serviço em que se lhe plasmem vocação e aptidão.
Seja no esforço intelectual em elevado labor, na criação artística, nas obras de benemer6encia ou de educação, seja nas dedicações domésticas, nas tarefas sociais, nas profissões diversas, nas administrações públicas ou particulares, nos empreendimentos do comércio ou da indústria, no amanho da terra, no trato dos animais, nos desportos e em todos os departamentos de ação, o Espírito é chamado a servir bem, isto é, a servir no benefício de todos, sob pena de conturbar a circulação das próprias energias mentais, agravando os estados de tensão.

CORRENTES MENTAIS DESTRUTIVAS

- Os referidos estados de tensão, devidos a "núcleos de força na psicosfera pessoal", procedem, quase sempre, à feição de nuvens pacíficas repentinamente transformadas pelas cargas anormais de elétrons livres em máquinas indutoras, atraindo os campos elétricos com que se fazem instrumentos da tempestade.
Acumulando em si mesma as forças autogeradas em processos de profundo desequilíbrio, a alma exterioriza forças mentais desajustadas e destrutivas, pelas quais atrai as forças do mesmo teor, caindo freqüentemente em cegueira obsessiva, da qual muitas vezes se afasta, desorientada, pela porta indesejável do remorso, após converter-se em intérprete de inqualificáveis delitos.
Noutras circunstâncias, considerando-se que o processo da obliteração mental, ou "acumulação desordenada das nuvens de tensão no campo da aura" se caracteriza por imensa gradação, se as criaturas conscientes não se dispõem à distribuição natural das próprias cargas magnéticas, em trabalho digno, estabelecem para si a degenerescência das energias.
Nessa posição, emitem ondas mentais perturbadas, pelas quais se ajustam a Inteligências perturbadas do mesmo sentido, arrojando-se a lamentáveis estações de aviltamento, em ocorrências deploráveis de obsessão, nos quais as mentes desvairadas ou caídas em monoideísmo vicioso se refletem mutuamente.
E chegadas a semelhantes conturbações, seja no arrastamento da paixão ou na sombra do vício, sofrem a aproximação de correntes mentais arrasadoras, oriundas dos seres empenhados à crueldade, por ignorância - encarnados ou desencarnados -, que, em lhes vampirizando a existência, lhes impõem disfunções e enfermidades de variados matizes, segundo os pontos vulneráveis que apresentem, criando no mundo vastas províncias de alienação e de sofrimento.

http://ideal.andreluiz.vilabol.uol.com.br

12/06/2011

AUTO-PERDÃO

abraco

"Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si mesmo...”.


““... Porque se sois duros, exigentes, inflexíveis, se tendes rigor mesmo por uma ofensa leve, como quereis que Deus esqueça que, cada dia, tendes maior necessidade de indulgência?
(Cap. X, item 15)
Nossas reações frente à vida não acontecem em função dos estímulos ou dos acontecimentos exteriores, mas sim em função de como percebemos e julgamos interiormente esses mesmos estímulos e acontecimentos. Em verdade, captamos a realidade dos fatos com nossas mais íntimas percepções, desencadeando consequentemente peculiares emoções, que serão as bases de  nossas condutas e reações comportamentais no futuro.
Portanto, nossa forma de avaliar e reagir frente anos nossos atos e atitudes frente aos outros, conceituando-os como bons ou maus, é determinada por um sistema de autocensura que se encontra estruturado nos "níveis de consciência" da criatura humana.
Toda e qualquer postura que assumimos na vida se prende á maneira como olhamos o mundo fora e dentro de nós, podendo nos levar a uma sensação íntima de realização ou de frustração, de contentamento ou de culpa, de perdão ou de punição, de acordo com nosso "código moral" modelado na intimidade de nosso psiquismo.
Nosso "julgador interno" foi formado sobre as bases de nossos conceitos acumulados nos tempos passados das vidas incontáveis, como também com os pais atuais, com os ensinamentos de professores, com líderes religiosos, com o médico da família, com as autoridades políticas de expressão, com a sociedade enfim.
Também, de forma sutil e quase inconsciente, no contato com informações, ordens, histórias, superstições, preconceitos e tradições assimilados dos adultos com quem convivemos em longos períodos de nossa vida. Portanto, ele, o julgador interno, nem sempre condiz com a realidade perfeita das coisas.
Essa "consciência crítica" que julga e cataloga nossos feitos, auto censurando ou auto-aprovando, influencia a criatura a agir da mesma maneira que os adultos agiram sobre ela quando criança, punindo-a, quando não se comportava da maneira como aprendeu
ser justa e correta, ou dando toda uma sensação de aprovação e reconforto, quando ela agia dentro das propostas que assimilou como sendo certas e decentes.
A gênese do não-perdão a si mesmo está baseada no tipo de informações e mensagens que acumulamos através das diversas fases de evolução de nossa existência de almas imortais.
Podemos experimentar culpa e condenação, perdão e liberdade de acordo com os nossos valores, crenças, normas e regras vigentes, podendo variar de indivíduo para indivíduo, conforme seu país, sexos, raça, classe social, formação familiar e fé religiosa.
Entendemos assim que, para atingir o autoperdão, é necessário que a criatura reexamine suas crenças profundas, sob a natureza do seu próprio ser, estudando as leis da Vida Maior, bem como as raízes de sua educação da infância atual.
Uma das grandes fontes de auto-agressão vem da busca apressada de uma perfeição absoluta, como se todos devêssemos ser deuses ou deusas de um momento para outro. Aliás, a exigência de perfeição é considerada a pior inimiga da criatura, pois a leva a uma constante hostilidade contra si mesma, exigindo-lhe capacidades e habilidades ainda não adquiridas por ela.
Se padrões muito severos de censura foram estabelecidos por pais perfeccionistas à criança, ou se lhe foi imposto um senso de justiça implacável, entre regulamentos disciplinadores e rígidos, provavelmente ela se tornará um adulto inflexível e irredutível para com os outros e consigo mesmo.
Quando sempre esperamos perfeição em tudo e confrontamos o lado "inadequado" de nossa natureza humana, sentir-nos-emos fatalmente diminuídos e envolvidos por uma aura de fracasso. Não tomar consciência de nossas limitações é como se admitíssemos
que os outros e nós mesmos devêssemos ser oniscientes e todo-poderosos. Afirmam as criaturas: "Recrimino por ter sido tão ingênuo naquela situação..." "Tenho raiva de mim mesmo por ter aceitado tão facilmente aquelas mentiras..."; "Deveria ter previsto estes problemas atuais"; "Não consigo perdoar-me, pois pensei que ele mudaria...".
São maneiras de expressarmos nossa culpa e o não-perdão a nós mesmos – exigências desmedidas atribuídas a pessoas perfeccionistas.
Os viciados em perfeição acham que podem fazer tudo sempre melhor e, portanto, rejeitam quase tudo o que os outros fazem ou fizeram. Não aceitam suas limitações e não enxergam a "perfeição em potencial", que existe dentro deles mesmos, perdendo assim a oportunidade de crescimento pessoal e de desenvolvimento natural, gradativo e constante, que é a técnica das leis do universo.
A desestima a nós próprios nasce quando nós não nos aceitamos como somos. Somente a auto-aceitação leva a criatura a sentir uma plena segurança frente aos fatos e às ocorrências do seu cotidiano, ainda que os indivíduos a seu redor não a aceitem e nem entendam suas melhores intenções.
O perdão concede a paz de espírito, mas essa concessão nos escapará da alma se estivermos presos ao desejo de dirigir os passos de alguém, não aceitando o seu propósito de viver.
Deveremos compreender que cada um de nós está cumprindo um destino só seu, e que as atividades e modos das outras pessoas ajustam-se somente a elas mesmas. Estabelecer padrões de comportamento e modelos idealizados para os nossos semelhantes é puro desrespeito e incompreensão frente ao mecanismo da evolução espiritual. Admitir e aceitar os outros como eles são nos permite que eles nos admitam e nos aceitem como somos.
Perdoar-nos resulta no amor a nós mesmos - o pré-requisito para alcançarmos a plenitude do "bem-viver".
Perdoar-nos é não importar-nos com o que fomos, pois a renovação está no instante presente e o que importa é como somos agora e quais são as determinações atuais para o nosso progresso espiritual.
Perdoar-nos é conviver com a mais nítida realidade, não se distraindo com as ilusões de que os outros e nós mesmos "deveríamos ser" algo que imaginamos ou fantasiamos.
Perdoar-nos é compreender que os que nos cercam são reflexos de nós mesmos, criações nossas que materializamos com nossos pensamentos e convicções íntimas.
O texto em estudo - "perdoar aos inimigos é pedir perdão a si mesmo" - quer dizer: enquanto nós não nos libertarmos da necessidade de castigar e punir ao próximo, não estaremos recebendo a dádiva da compreensão para o autoperdão.
"... porque se sois duros, exigentes, inflexíveis, se tendes rigor mesmo por uma ofensa leve...", como haveremos de criar oportunidades novas para que o "Divino Processo da Vida" nos fecunde a alma com a plenitude do Amor a fim de que possamos perdoar- nos?
http://www.novaera.org.br - Hammed.

08/06/2011

EVANGELHO, ANTÍDOTO CONTRA O MAL

evangelho

Em face da ausência de maior vigília para prática cristã que venha nortear nossas ações e reações, permanecemos num patamar inferior de angustias. Há um esforço cada vez mais intenso dos obsessores para manter a vida na Terra em seu primarismo instintivo e as nossas tendências funcionando como antenas receptoras mentais para as vis conexões com as suas artimanhas. É bom que se diga que essa conjugação também se dá ao nível de encarnados para encarnados e destes para desencarnados.

No que reporta aos problemas de influenciações espirituais, Allan Kardec interroga aos mentores espirituais: "Influem os espíritos nos nossos pensamentos e ações?"

Os veneráveis benfeitores elucidam que "(...) sua influência é maior do que pensais, pois muitas vezes são eles que vos dirigem."(1)

A propósito, lembremos que o alcoolismo, o uso de drogas, os desvarios sexuais, o tabagismo, criam condicionamentos ao encarnado e atingem também o desencarnado que vê-se atormentado por irresistível desejo. Na impossibilidade de satisfazerem-se na dimensão espiritual, os viciados do além procuram os viciados encarnados para estabelecerem um processo de simbiose psíquica. Por isso, não é raro o viciado sentir-se nervoso, descontrolado, por passar algum tempo sem realizar seu desejo. Normalmente, isso é sintoma da influencia dos obsessores, que lhe cobram a satisfação de suas necessidades.

Sabemos que os algozes reagentes do plano extrafísico (desencarnados) são os mesmos encarnados de outrora que, por má-vontade, permanecem imantados aos planos da materialidade, do sensualismo, da violência e que se agarrando, fortemente ao campo físico não desgrudam dos encarnados que com eles se afinizam.

Portanto, por insinceridade, em nosso tênue esforço para a reforma moral, obstamos as relações equilibradas e equilibrantes conosco e com o próximo. Toda nossa desarmonia leva a desenvolver sintonias viciosas com outras mentes doentias, sejam de desencarnados ou encarnados, o que aguça sobremaneira nosso próprio desarranjo interior, resultando daí as ingentes dificuldades para nos libertar das algemas em que nos aguilhoamos ante as garras do mal.

Urge pondera que, na medida que a idéia negativa é facilitada, os espíritos vão dominando nossa personalidade, exercendo influencia cada vez mais consistente. As motivações deliberadas para agirmos em padrão de inferioridade moral sofrem potencialização impressionante, pois os obsessores atuam, emitindo forças mentais quais dardos venenosos que nos destroem aos poucos. Porém, não podemos esquecer que a obsessão é um importante fator que amplia os impulsos que nos são próprios onde infere-se que a obsessão é apenas uma questão de afinidade moral. "Cada um de nós forma a sua atmosfera moral, dentro da qual somente podem penetrar espíritos da nossa natureza, que são os únicos que a podem respirar."(2)

A Obsessão configura-se toda vez que alguém, encarnado ou desencarnado, exerça sobre outrem constrição mental negativa por qualquer motivo, através de simples sugestão, indução ou coação , objetivando domínio. A rigor "a obsessão ocorre porque os seres humanos ainda carregam em suas almas uma taxa mais elevada de sombras que de luz.!"(3)

Evidentemente que a peça mais importante para avitória sobre as trevas está reservada ao obsidiado. A terapêutica doutrinária é a do convite para auto-análise sincera, para destruir em definitivo as tendências negativas , numa estóica busca do Evangelho como alavanca de ligítima libertação.

http://www.gostodeler.com.br       [ Jorge Hessen ]
Jornalista, professor e historiador (licenciado pela Unb) articulista e palestrante.

06/06/2011

PSICOESFERA, NOSSO MEIO AMBIENTE

 planeta amor

Observar e perceber o mundo que nos cerca tem nuanças de complexidade infinita.

O mesmo objeto, uma mesma pessoa ou um mesmo cenário podem despertar interpretações completamente diferentes conforme o sentimento de quem observa.

O mesmo mundo e que vivemos seria outro se aqui só vivessem sonhadores, místicos, poetas ou santos.

Em termos neuropsicológicos já sabemos que o nosso cérebro faz reconhecimento do mundo que nos cerca “sonhando” uma idéia a partir do que vai percebendo. Daí a possibilidade do que for feio para um ser bonito para o outro.

Cada objeto que vemos desperta em nós lembranças e vivências que são associadas compondo nosso julgamento sobre este objeto.

Por isto, cada um de nós “sonha” o mundo conforme suas experiências psíquicas.

Podemos dizer que no dia a dia, ao observarmos a realidade que nos cerca, estamos compondo em torno de nós um cenário mental com formas e figuras que nos acompanham.

O mais importante é que é este cenário psíquico quem direcional nossos comportamentos.

Nós sempre reagimos de conformidade com a interpretação que damos às coisas e às pessoas e, como vimos, nossas interpretações são na verdade julgamentos que o cérebro constrói com representações, com idéias que têm forma e movimento.

Considerando todas as mentes humanas capazes de pensar e criar, podemos deduzir que estamos mergulhados num mundo psíquico de proporções gigantescas e, seguramente interferindo uns sobre os outros, induzindo-nos a comportamentos coletivos massificantes.

Quando toda uma população vê uma notícia pela televisão ou lê a mesma notícia nos jornais, estas pessoas estão criando representações mentais com referência a estas notícias reconstruindo e revivendo os cenários e as personagens envolvidas ou citadas nos noticiários. É como se o mesmo acontecimento se reproduzisse em cada mente que se liga ao episódio noticiado.

Nossa grande questão é saber se este “cenário” mental com formas e personagens assim criados, tem alguma “realidade” física semelhante à que estamos inseridos no mundo material.

Na interpretação da física de hoje, o mundo de moléculas e átomos foi substituído por “campos de energia”. O comportamento aparentemente estável da matéria física foi substituído por “ondas” e “pacotes” de energia que se alternam na dependência da opinião do observador..

Portanto, a matéria se densifica em partículas ou se esvai em onda conforme o julgamento mental de quem participa do experimento. Em termos de matéria física, o ser e o desvanecer depende da mente de quem observa o experimento.

A única coisa palpável que restou deste mundo físico de aparência estável é uma “espuma quântica” onde a matéria e a energia se relacionam.

Pelo menos em termos teóricos podemos pressupor outros “estados” de matéria como, por exemplo, a “matéria radiante” sensível aos influxos da mente. A força mental que se expressa em pensamentos cria “onda” e “partículas” que também se coagulam concretizando as formas dos objetos e das pessoas em quem pensamos.

Enquanto a “espuma quântica” solidifica o mundo físico em que nos movimentamos, a “matéria radiante” corporifica o mundo mental que idealizamos. Assim como falamos em higiene e poluição do ambiente físico, podemos falar e, agora sim, falar “concretamente” em limpeza e poluição psíquica.

Estamos todos mergulhados num mundo psíquico mais “concreto” do que possamos supor e, neste ambiente, a seleção das idéias facilitará um clima mental mais saudável ou mais poluído.

Uma simples notícia de jornal, uma conversa que nos emociona, um filme a que assistimos ou um episódio que relatamos criam junto de nós um ambiente psíquico que chamamos de psicosfera. Somos “caixeiro ambulantes” de idéias que podem facilmente nos identificar aos videntes deste mundo psíquico.

Estas formas-pensamentos um dia farão de etiologia das doenças, principalmente psicossomáticas, e o médico aprenderá a prescrever a prece e a meditação para equilíbrio da nossa psicosfera.

Cada um de nós terá uma responsabilidade individual para construir seu próprio mundo mental selecionando o que fala, o que vê, o que ouve, o que lê porque tudo isto implica em incorporar para sempre matéria mental em nosso psiquismo.

http://www.geocities.com/Nubor_Facure/tema6.html*Nubor Orlando Facure - Ex-Professor Titular de Neurocirurgia UNICAMP.
Diretor do Instituto do Cérebro Prof. Dr. Nubor Orlando Facure (Campinas,SP)                           

Meditação
A meditação oferece o ensejo superior para o desnudamento íntimo, com a resultante compreensão das ocorrências, que passam, muitas vezes, em tropel vertiginoso e infeliz. Convida ao exame de atitudes, elevando o espírito às regiões dúlcidas da Espiritualidade, onde o ser se dessedenta, se tranqüiliza, abre portas à percepção e se emociona, identificando as próprias fraquezas e descobrindo as potencialidades divinas que vem desprezando. É convite de Deus, pela inspiração angélica, interfone para conversações sem palavras... Em momentos que tais, mensageiros felizes, enviados pela sintonia automática, espontânea, do apelante mudo, acercam-se-lhe, e com poderosas energias libertam o que sofre das cordoalhas escravizadoras, ensejando-lhe aspirar psicosfera salutar, em que se desintoxica, de modo a poder, doravante, melhor discernir, e com mais segurança atuar corretamente.
Livro: Sublime Expiação
Victor Hugo &  Divaldo P. Franco

04/06/2011

O QUE É ESPÍRITO ERRANTE E ERRATICIDADE?

 

ERRATICIDADE

O que é Espírito errante?
São os Espíritos desencarnados que ainda precisam reencarnar para se aperfeiçoar. Os Espíritos puros que atingiram a perfeição não são errantes, porque não precisam mais reencarnar.
O que é erraticidade?
Os Espíritos (desencarnados) que ainda necessitam reencarnar, enquanto aguardam (no plano espiritual) uma nova encarnação encontram-se na erraticidade. Então, erraticidade é o intervalo que se encontra o Espírito de uma encarnação para outra.
O Espírito progride na erraticidade?
Pode melhorar-se muito, depende da vontade e do desejo que tenha de consegui-lo. Todavia, na existência corporal é que põe em pratica as idéias que adquiriu. (questão 230)
Ou seja, na erraticidade (enquanto o Espírito aguarda uma nova encarnação), ele estuda, aprende e depois tem que reencarnar para colocar em prática o que aprendeu neste intervalo, é o caso de André Luiz. Exemplo: É no estágio que o aluno coloca em prática o que aprendeu na escola.
Richard Simonetti responde:
Existe um tempo certo para reencarnar?
Não. Podemos ficar um ano ou um milênio. Depende de nossas necessidades e opções.
Em média, ficamos mais tempo na Terra ou no Além?
Tendemos a ficar mais tempo no mundo espiritual, até por uma questão de disponibilidade reencarnatória. A população desencarnada é bem maior, perto de 20 bilhões. Não estão equivocados os confrades que falam da necessidade de valorizarmos a experiência humana, considerando que há filas no Além, aguardando o mergulho na carne.
O retorno à carne é decidido pelo próprio interessado?
Depende de seu estágio evolutivo. Espíritos mais amadurecidos, conscientes de suas responsabilidades planejam a época do retorno. Espíritos imaturos são orientados e conduzidos por mentores espirituais.
E se o Espírito recusar-se a reencarnar?
Havendo necessidade premente, seus mentores providenciarão a reencarnação compulsória.
Obrigado a reencarnar, não será natural que o Espírito venha a se rebelar, que não assuma suas responsabilidades?
Provavelmente, tanto quanto o sentenciado que não se conforma com a prisão em que foi confinado. Mas, assim como a penitenciária objetiva conter o comportamento criminoso, a reencarnação compulsória desbasta as imperfeições mais grosseiras do Espírito reencarnante. Entre "choro e ranger de dentes", segundo a expressão evangélica, ele amadurecerá.

Postado por GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC

ERRATICIDADE

Enquanto as almas desprendidas das influências terrenas se constituem em grupos simpáticos, cujos membros se amam, se compreendem, vivem em perfeita igualdade, em completa felicidade, os Espíritos que ainda não puderam domar as suas paixões levam uma vida errante, desordenada, e que, sem lhes trazer sofrimentos, deixa-os, contudo, mergulhados na Incerteza e na inquietação. É a isso que se chama erraticidade; é a condição da maioria dos Espíritos que viveram na Terra, nem bons nem maus, porém ainda fracos e muito Inclinados às coisas materiais.

Encontram-se na erraticidade multidões imensas, sempre agitadas, sempre em busca de um estado melhor, que lhes foge. Numerosos Espíritos aí flutuam indecisos entre o justo e o injusto, entre a verdade e o erro, entre a sombra e a luz. Outros estão sepultados no insulamento, na obscuridade, na tristeza, sempre à procura de uma benevolência, de uma simpatia que podem encontrar.

A ignorância, o egoísmo, os vícios de toda espécie reinam ainda na erraticidade, onde a matéria exerce sempre sua influência. O bem e o mal aí se chocam. Éde alguma sorte o vestíbulo dos espaços luminosos, dos mundos melhores. Todos aí passam e se demoram, mas para depois se elevarem.

O ensino dos Espíritos sobre a vida de além-túmulo faz-nos saber que no espaço não há lugar algum destinado à contemplação estéril, à beatitude ociosa. Todas as regiões do espaço estão povoadas por Espíritos laboriosos.

Por toda parte, bandos, enxames de almas sobem, descem, agitam-se no meio da luz ou na região das trevas. Em certos pontos, vê-se grande número de ouvintes recebendo instruções de Espíritos adiantados; em outros, formam-se grupos para testejarem os recém-vindos. Aqui, Espíritos combinam os fluídos, infundem-lhes mil formas, mil coloridos maravilhosos, preparam-nos para os delicados fins a que foram destinados pelos Espíritos superiores; ali, ajuntamentos sombrios, perturbados, reúnem-se ao redor dos globos e os acompanham em suas revoluções, influindo, assim, inconscientemente, sobre os elementos atmosféricos. Espíritos luminosos, mais veloses que o relâmpago, rompem essas massas para levarem socorro e consolação aos desgraçados que os imploram. Cada um tem o seu papel e concorre para a grande obra, na medida de seu mérito e de seu adiantamento. O Universo inteiro evolute. Como os mundos, os Espíritos prosseguem seu curso eterno, arrastados para um estado superior, entregues a ocupações diversas.

Progressos a realizar, ciência a adquirir, dor a sufocar, remorsos a acalmar, amor, expiação, devotamento, sacrifício, todas essas forças, todas essas coisas os estimulam, os aguilhoam, os precipitam na obra; e, nessa imensidade sem limites, reinam incessantemente o movimento e a vida. A imobilidade e a inação é o retrocesso, é a morte. Sob o impulso da grande lei, seres e mundos, almas e sóis, tudo gravita e move-se na órbita gigantesca traçada pela vontade divina.

Léon Denis - Depois da Morte

01/06/2011

O FILME DOS ESPÍRITOS - TRAILER

 

Trailer

Informações Técnicas
Título no Brasil:  O Filme dos Espíritos
Título Original:  O Filme dos Espíritos
País de Origem:  Brasil
Gênero:  Drama
Ano de Lançamento:  2011
Estréia no Brasil: 07/10/2011
Site Oficial:
Estúdio/Distrib.:  Paris Filmes
Direção:
André Marouço / Michel Dubret

Elenco
Nelson Xavier
Ênio Gonçalves
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O Filme dos Espíritos (Trailer) 2011

O filme conta a história de Bruno Alves que, por volta dos 40 anos, perde a mulher e se vê completamente abalado. A perda do emprego se soma à sua profunda tristeza e o suicídio lhe parece a única saída.
Curiosidades
Livremente baseado em O Livro dos Espíritos, escrito por Allan Kardec em 1857.

DIVULGAÇÃO DA DOUTRÍNA ESPÍRITA

“Recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria divulgação”. A frase é de autoria de Emmanuel e está inserida no capítulo 40 do livro “Estude e viva” (da FEB), de André Luiz através da psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira. extraído do boletim SEI nº 1945

Bastante conhecida entre os espíritas, esta mensagem serviu de inspiração à leitora do SEI Érika F. Ueoka. Ela encontrou um jeito todo especial de divulgar o Espiritismo e compartilhou a sua experiência com outras pessoas através de mensagem que distribuiu pela internet.

Diz Érika que adquiriu, na Casa Espírita que freqüenta, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, um exemplar de “O Livro dos Espíritos”, o qual trazia, ao final, uma etiqueta com o nome, endereço, dias e horários das reuniões de estudo da instituição. De posse do livro, tomou a caneta e
escreveu na publicação as seguintes palavras:

Este livro agora é seu! Ele tem me ajudado, há 12 anos, a compreender melhor os problemas e as aflições da vida. Com ele, posso refletir sobre como melhorar-me a cada dia, para que eu possa ajudar ao meu próximo. Receba este livro com todo o meu carinho e as bênçãos de Deus e de Jesus.

Muita paz!”

Não assinei o meu nome, porque meu nome era o que menos importava” – afirma ela.

No dia seguinte, de manhã, saiu levando na bolsa o exemplar do livro, o qual depositou sobre a mureta de uma praça. Do outro lado da calçada, discretamente, ficou observando o que aconteceria. “Algumas pessoas passavam e olhavam para o livro, procurando ao redor por seu ‘dono’, todavia,
passavam e não voltavam; contei umas seis pessoas. De repente, apareceu aquele que colocaria ‘O Livro dos Espíritos’ na bolsa e o levaria para casa.

Era um homem de aparência simples e tinha nas mãos o seu sustento: era vendedor ambulante de doces. O homem olhou à sua volta, como quem procura o ‘dono’ do livro. Não o encontrando, pegou a obra e abriu-a logo na primeira página, provavelmente procurando o nome do proprietário.

Parou por alguns instantes e logo pôde perceber que o ‘dono’ do livro era ele mesmo.

Colocou, assim, a primeira obra básica da Doutrina Espírita em sua humilde bolsa e saiu comércio afora” – conta Érica, que torce para que sua atitude possa ser repetida por muitas outras pessoas.

“Estou satisfeita e feliz com a minha experiência. Será a primeira de muitas, de certo. Não percamos tempo nem oportunidades em divulgar o Cristianismo Redivivo. Precisamos acreditar que somos divulgadores em potencial” – conclui.

A experiência de Érika em muito faz lembrar o episódio narrado por Hilário Silva no livro “O Espírito da Verdade”, “HÁ  UM  SÉCULO”, vide abaixo,

(da FEB), psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira. Nele, Hilário conta que Kardec, numa triste manhã de abril de 1860, estava exausto e acabrunhado pelas inúmeras dificuldades que enfrentava para a execução da grandiosa tarefa que a Espiritualidade Superior lhe conferira, a de codificar a Doutrina da Terceira Revelação. Mas neste mesmo dia, quando mais desalentado se mostrava, sua gentil esposa, Amélie Boudet, como que providencialmente, lhe entregou um embrulho,
recém-chegado, com uma singela carta, que ele logo se pôs a ler.

Na missiva, um homem dizia que após a morte de sua companheira, havia perdido todo o gosto pela vida, decidindo, em razão disso, pôr fim ao sofrimento projetando-se da Ponte Marie para as águas do rio Sena. Porém, na madrugada em que iria cometer o suicídio, ao colocar a mão direita no parapeito da ponte, esbarrou num livro, cuja capa estava umedecida pelo sereno e que lhe caiu aos
pés.

Era um exemplar de “O Livro dos Espíritos”, que na página inicial trazia o seguinte recado: “Esta obra salvou-me a vida. Leia-a com atenção e tenha bom proveito – A. Laurent”. Estupefato, o homem, que segundos antes pensava em se atirar para a morte, começou a ler com atenção o livro, o qual lhe deu novo sentido à existência.

Assim, num ato de gratidão, devolvia aquela obra ao Codificador, com uma nova e bela capa, já que a original havia se estragado com o sereno. Aos dizeres que encontrou no livro, em seguida, acrescentou estas palavras: “Salvou-me também. Deus abençoe as almas que cooperaram em sua publicação
– Joseph Perrier”.

Hilário Silva encerra a história dizendo que após a leitura da carta, o Prof. Rivail ganhou novo ânimo.

“O notável obreiro da Grande Revelação respirou a longos haustos, e, antes de retomar a caneta para o serviço costumeiro, levou o lenço aos olhos e limpou uma lágrima...”.

HÁ  UM  SÉCULO

Hilário Silva

Cap. XXV - Item 2 - ESE

I

Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, naquela triste manhã de abril de 1860, estava exausto, acabrunhado.

Fazia frio.

Muito embora a consolidação da Sociedade Espírita de Paris e a promissora venda de livros, escasseava o dinheiro para a obra gigantesca que os Espíritos Superiores lhe haviam colocado nas mãos.

A pressão aumentava...

Missivas sarcásticas avolumavam-se à mesa.

Quando mais desalentado se mostrava, chega a paciente esposa, Madame Rivail - a doce Gaby -, a entregar-lhe certa encomenda, cuidadosamente apresentada.

II

O professor abriu o embrulho, encontrando uma carta singela. E leu:

"SR. Allan Kardec:

Respeitoso abraço.

Com a minha gratidão, remeto-lhe o livro anexo, bem como a sua história, rogando-lhe, antes de tudo, prosseguir em suas tarefas de esclarecimento da Humanidade, pois tenho fortes razões para isso.

Sou encadernador desde a meninice, trabalhando em grande casa desta capital.

Há cerca de dois anos casei-me com aquela que se revelou minha companheira ideal. Nossa vida corria normalmente e tudo era alegria e esperança, quando, no início deste ano, de modo inesperado, minha Antoinette partiu desta vida, levada por sorrateira moléstia.

Meu desespero foi indescritível e julguei-me condenado ao desamparo extremo.

Sem confiança em Deus, sentindo as necessidades do homem do mundo e vivendo com as dúvidas aflitivas de nosso século, resolvera seguir o caminho de tantos outros, ante a fatalidade. ..

A prova da separação vencera-me, e eu não passava, agora, de trapo humano.

Faltava ao trabalho e meu chefe, reto e ríspido, ameaçava-me com a dispensa.

Minhas forças fugiam.Namorara diversas vezes o Sena e acabei planeando o suicídio. "Seria fácil, não sei nadar" — pensava.

Sucediam-se noites de insônia e dias de angústia. Em madrugada fria, quando as preocupações e o desânimo me dominaram mais fortemente, busquei a Ponte Marie.

Olhei em torno, contemplando a corrente.. .

E, ao fixar a mão direita para atirar-me, toquei um objeto algo molhado que se deslocou da amurada, caindo-me aos pés.

Surpreendido, distingui um livro que o orvalho umedecera.

Tomei o volume nas mãos e, procurando a luz mortiça de poste vizinho, pude ler, logo no frontispício, entre irritado e curioso:

"Esta obra salvou-me a vida. Leia-a com atenção e tenha bom proveito".

— A. Laurent."

Estupefato, li a obra — "O Livro dos Espíritos" — ao qual acrescentei breve mensagem, volume esse que passo às suas mãos abnegadas, autorizando o distinto amigo a fazer dele o que lhe aprouver."

Ainda constavam da mensagem agradecimentos finais, a assinatura, a data e o endereço do remetente.

O Codificador desempacotou, então, um exemplar de "O Livro dos Espíritos" ricamente encadernado, em cuja capa viu as iniciais do seu pseudônimo e na página do frontispício, levemente manchada, leu com emoção não somente a observação a que o missivista se referira, mas também outra, em letra firme:

"Salvou-me também. Deus abençoe as almas que cooperaram em sua publicação. — Joseph Perrier." 

III

Após a leitura da carta providencial, o Professor Rivail experimentou nova luz a banhá-lo por dentro...

Conchegando o livro ao peito, raciocinava, não mais em termos de desânimo ou sofrimento, mas sim na pauta de radiosa esperança.

Era preciso continuar, desculpar as injúrias, abraçar o sacrifício e desconhecer as pedradas...

Diante de seu espírito turbilhonava o mundo necessitado de renovação e consolo. Allan Kardec levantou-se da velha poltrona, abriu a janela à sua frente, contemplando a via pública, onde passavam operários e mulheres do povo, crianças e velhinhos...

O notável obreiro da Grande Revelação respirou a longos haustos, e, antes de retomar a caneta para o serviço costumeiro, levou o lenço aos olhos e limpou uma lágrima...

Do livro O Espírito da Verdade. Psicografia de Waldo Vieira.

Vamos fazer o mesmo. Vamos “espalhar” por todas os locais, hospitais, escolas, penitenciárias, etc, respeitando a limpeza e locais públicos, a crença alheia, obras, mensagens, opúsculos e toda matéria espírita que nos cheguem às mãos. Vamos mudar o mundo através do esclarecimento pelas obras espíritas. Tenhamos a certeza de que grande parte da população ainda não teve contato com o Espiritismo e que terão a oportunidade de conhecê-lo e mudar as suas vidas e o mundo por meio de um gesto nosso.

FORMATAÇÃO: CARLOS EDUARDO CENNERELLI

  • O Filme dos Espíritos

ALGUNS LIVROS PODEM MUDAR UMA VIDA.

OUTROS, O QUE VEM DEPOIS DELA.

Fotos: